A herdade experimental da Universidade de Évora, Pólo da Mitra, pode passar despercebida aos olhos de muitos, mas esta herdade às portas de Évora é habitat para várias espécies de fauna, flora e fungos.
Nos dias 5 e 6 de maio realizou-se o primeiro Bioblitz da Herdade da Mitra que levou a esta herdade cerca de 160 pessoas para inventariar o máximo de espécies em 24 horas. Esta iniciativa partiu do Grupo de Investigação de Ecologia Aplicada e Conservação do MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento, sedeado na Universidade de Évora, e contou com o apoio da Noite Europeia dos Investigadores, da Escola de Ciências e Tecnologia e o _ARTERIA_LAB_, ambos da Universidade de Évora.
Um dos principais objetivos de um Bioblitz é registar o maior número de espécies, numa determinada num espaço de tempo. Mas o primeiro Bioblitz da Herdade da Mitra, teve também como missão mostrar a toda a população, desde miúdos a graúdos, como se realizam amostragens de muitos grupos de fauna, flora e fungos, e o uso desses dados para a investigação.
Durante 24 horas mais de 25 especialistas acompanharam cerca de 160 participantes em passeios dirigidos às aves noturnas, borboletas noturnas, morcegos, pequenos mamíferos (ratos), mamíferos carnívoros (p.ex. raposas), répteis (cobras e lagartixas), borboletas diurnas, formigas, líquenes, cogumelos e plantas superiores. “Foram 24 horas intensas, mas muito recompensadoras”, reforça o coordenador do Grupo de Investigação de Ecologia Aplicada e Conservação do MED, o investigador Carlos Godinho. No global foram submetidas mais de 1 900 observações e identificadas mais de 550 espécies. Os resultados podem ser consultados em: https://www.inaturalist.org/projects/bioblitz-herdade-da-mitra?tab=stats
A organização desta iniciativa agradece a todos os participantes e espera voltar a receber os mesmos, ou mais participantes, numa próxima edição do Bioblitz da Herdade da Mitra, já em 2024.
Artigo publicado originalmente em MED.