A actualização do tarifário do custo da água para rega anunciada pelo Governo terá um aumento de 24% quando a proposta anteriormente estabelecida previa que chegasse aos 140%.
O contencioso que se mantém ao longo de quase quatro meses entre a ministra da Agricultura e Alimentação (MAA) Maria do Céu Antunes e os regantes que se insurgem contra o aumento do tarifário da água fornecida pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva tarda em desvanecer-se.
A cronologia dos acontecimentos reporta o início do conflito à decisão tomada no Conselho para o Acompanhamento do Regadio do Alqueva (CARA) realizada no dia 31 de Janeiro, quando foi anunciado o aumento no tarifário da água para garantir a “competitividade dos sistemas de agricultura da região de Alqueva” argumentou, na circunstância, a ministra.
Em meados de Fevereiro, Céu Antunes, reagindo aos protestos dos regantes, reafirmou que o “aumento tarifário pode passar dos três para seis ou sete cêntimos” o metro cúbico (m3) de água. A ministra considerou a revisão do tarifário “inevitável para garantir a operacionalidade da EDIA”, acrescentando que o novo encargo a suportar pelos regantes, “tem de reflectir” o aumento dos custos de produção, envolvidos na gestão do recurso água.
Contudo, no passado dia 9 de Maio, após a reunião extraordinária do CARA que se realizou nas instalações da EDIA, em Beja, o novo preço da água fixou o seu custo em 24%. Assim a actualização do tarifário foi feita “considerando um conjunto de factores de optimização e não da aplicação de […]