Com mais de 300 empresas de primeira transformação de madeira e resina integradas em diferentes subsetores, pode ser um desafio compreender a procura de mercado que depende do pinheiro-bravo. Como sem conhecimento e informação não há valorização, depois da edição “Valorizar o pinheiro-bravo: uma perspetiva de mercado” o Centro PINUS lança agora no seu canal de Youtube uma nova série de curtas reportagens sobre empresas da Fileira do Pinho.
Os episódios, conduzidos em discurso direto pelos seus interlocutores, versam sobre a história e a caracterização de cada empresa. Dão a conhecer porque motivo usam o pinheiro-bravo como matéria-prima de excelência, quais as oportunidades e tendências de mercado, a caracterização do abastecimento de matéria-prima de base florestal e quais as iniciativas de inovação e os caminhos sustentabilidade percorridos.
Neste primeiro episódio visitamos as instalações da DS Smith Paper Viana, um associado que é um dos co-fundadores do Centro PINUS e celebra, este mês, 50 anos de atividade.
A unidade fabril, situada numa freguesia rural do concelho de Viana do Castelo, é o maior consumidor de madeira de pinheiro-bravo do nosso país, representando cerca de 14% do consumo anual de pinho. Desde 2018 está integrada na DS Smith, uma empresa britânica presente em mais de 30 países no mundo. Diferencia-se pela produção integrada de pasta e papel, a partir de fibras da madeira de pinheiro-bravo, criteriosamente selecionadas e processadas e que estão na origem do papel Kraft Liner.
Deste produto fazem-se embalagens de cartão canelado personalizadas, de elevada qualidade e resistência e que suportam a tendência de substituição do plástico. Viajam por todo o mundo e são amplamente utilizadas na comercialização e na conservação de alimentos e de bebidas, assim como, no transporte de muitos produtos adquiridos online.
Com uma capacidade instalada de 425 mil toneladas/ ano, a DS Smith Paper Viana é uma referência na Europa em termos de inovação, eficiência e práticas de Economia Circular, como a incorporação de 40% de papel reciclado no ciclo de produção.
A contrapor à crescente procura de mercado de papel de embalagem e aumento de capacidade de produção e investimento, verifica-se o declínio do recurso florestal de que dependem: o pinheiro-bravo. A madeira de pinho chega a esta unidade fabril através de centenas de fornecedores, muitos de pequena dimensão, tal como explica o Diretor Florestal, João Gonçalves, referindo ainda que são proprietários de 2700 hectares, cuja gestão é certificada pelos principais esquemas de referência.
A importação de madeira, a par de investimentos para aumentar a incorporação de papel reciclado, têm sido as principais estratégias de resposta ao défice de madeira de pinho.
Veja aqui o primeiro episódio PINUS TV sobre o associado DS Smith Paper Viana.
Fonte: Centro PINUS