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– 06-03-2004 |
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Montemor-o-Velho : Autarquia e orizicultores criticam Ministério da AgriculturaMontemor-o-Velho, Coimbra, 05 Mar Os dois responsáveis falavam no encerramento do II Congresso de Orizicultores do Baixo Mondego, em Montemor-o-Velho, que foi presidido pelo secretário de Estado da Agricultura, Bianchi de Aguiar. Na intervenção, o presidente da Associação de Orizicultores de Portugal (AOP), Carlos Laranjeira, contestou a "falta de resposta" do Ministério da Agricultura ao problema do escoamento da produção, que afecta os agricultores do arroz. "Como é possível demorar meses para resolver uma situação que demoraria 15 dias", questionou. "Estamos a 30 dias de voltar a semear e não temos a situação de 2003 resolvida", acrescentou. O presidente da AOP apelou ainda a "outro ritmo" do Ministério da Agricultura na resposta às reivindicações dos orizicultores. "É que não temos ordenado ao fim do mês, vivemos só da agricultura", recordou. Além das questões relacionadas com o escoamento da produção, o presidente da AOP criticou ainda a tutela por, alegadamente, deixar entrar em Portugal "arroz sem qualquer análise". "Não sabemos como é produzido e qual a sua origem. Temos arroz agulha que é produzido no sul do país e merece ser certificado e identificado, para não ser confundido com o importado". Carlos Laranjeira considerou ainda a legislação que certifica o arroz como "uma aberração". "Se a lei está mal, vamos alterá-la" apelou, ao criticar a inexistência de um laboratório credenciado para fazer análises físicas ao arroz. "O que existe funciona de acordo com as indústrias, que aceitam as análises efectuadas", disse. Já o presidente da Câmara, Luís Leal, pediu ao secretário de Estado da Agricultura que fosse "mensageiro" da autarquia sobre a situação da obra hidro-agrícola do Baixo Mondego. "Não compreendo que, em algumas circunstâncias, haja tanta pressa para se conseguir fazer, por exemplo, a Expo 98 ou o Euro 2004, e se ande há 25 anos para se concluir uma obra", lamentou o autarca. Em resposta a Luís Leal, o secretário de Estado Bianchi de Aguiar afirmou compreender a "frustração" devido à falta de celeridade de um projecto de impacto regional. Aos jornalistas, o governante explicou que foram feitos todos os estudos "que estavam pendentes". Bianchi de Aguiar lembrou, no entanto, que a área de emparcelamento "é matéria sensível que se faz a um ritmo relativamente lento". "É um trabalho de fundo que não se compadece com resultados políticos". Já em resposta às questões levantadas por Carlos Laranjeira, o secretário de Estado rejeitou as acusações feitas ao Ministério da Agricultura, nomeadamente a de "imobilismo". Sobre o escoamento da produção, divulgou dados que apontam para um valor total de "nove mil toneladas que não estão comprometidas (não escoadas) 15 por cento das quais, cerca de 1.400 toneladas, no Mondego". "Mas o escoamento do produto é um problema do mercado" sustentou. Quanto à questão das análises laboratoriais ao arroz, Bianchi de Aguiar referiu-se apenas a uma caso específico, o de amostras entregues para análise pela Associação de Orizicultores de Portugal, "onde se considerou que não havia desconformidade e o processo foi arquivado". O governante admitiu, no entanto, ter havido uma "omissão" dos serviços, ao não informarem que o processo tinha sido arquivado. No final, o secretário de Estado manifestou-se "empenhado em melhorar os mecanismos de comunicação" com as entidades envolvidas. "Independentemente de haver motivos de insatisfação, é com diálogo franco que as coisas se podem ultrapassar", concluiu.
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