A prática já foi proibida em vários países europeus, mas em Portugal a indústria dos ovos continua a triturar, asfixiar ou electrificar pintainhos machos nas primeiras horas de vida.
O abate de pintainhos macho, uma prática da indústria dos ovos que mata milhares de milhões de animais em todo o mundo, vai ser discutida em Portugal. O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) entregou esta terça-feira um projecto-lei que prevê a proibição da prática.
Nos aviários de produção de ovos, os pintainhos são separados consoante o sexo poucas horas depois de nascerem. As fêmeas serão galinhas poedeiras, mas os machos não têm utilidade para a indústria. Por isso, são triturados, asfixiados ou electrificados sem anestesia antes de completarem um dia de vida.
A prática é controversa e põe em causa o bem-estar animal. Por isso, em França, em Itália, no Luxemburgo, na Áustria, na Alemanha e na Suíça já foi proibida. Nesses países, os aviários substituíram o abate por práticas alternativas que passam pela identificação do sexo do animal antes de os ovos eclodirem. Identificados os machos, esses ovos não vão eclodir e, assim, salvam-se vidas.
Em Portugal, cabe à Direcção-Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV) tutelar esta indústria, mas “não existe um processo oficial deste […]