O Presidente da República mostrou hoje disponibilidade para integrar uma iniciativa conjunta sobre o agravamento da crise climática no Grupo de Arraiolos, depois de ter manifestado solidariedade aos homólogos italiano e grego devido aos fenómenos que assolaram aqueles países.
“O Presidente da República falou esta tarde com o Presidente de Itália, Sergio Mattarella, manifestando a sua solidariedade, tendo abordado as consequências das intempéries climáticas que têm assolado várias regiões daquele país, fruto do agravamento da crise climática”, pode ler-se numa nota publicada no sítio da Presidência da República.
Depois desta conversa e também do contacto mantido com o homólogo grego, Marcelo Rebelo de Sousa “manifestou disposição favorável para fazer parte de uma iniciativa conjunta sobre esta temática no quadro do Grupo de Arraiolos”.
Já na quarta-feira, o chefe de Estado português tinha, também através da sua página oficial, transmitido solidariedade Sergio Mattarella pelas trágicas consequências das tempestades ocorridas no norte e dos incêndios que assolaram o sul do país, apresentando condolências pelas vítimas.
Itália e Grécia são, até agora, os países mais afetados, em termos de área ardida, pelos incêndios que estão a assolar no final deste mês vários países mediterrânicos, tanto no sul da Europa como no norte de África.
Na quarta-feira, os presidentes italianos e gregos defenderam a necessidade de uma “iniciativa conjunta dos países do sul da Europa” para fazer face à crise climática que atinge o Mediterrâneo e os dois países “com particular violência”.
Num comunicado conjunto divulgado após uma conversa telefónica, Sergio Mattarella e Katerina Sakellaropoulou dão conta da “forte preocupação” que partilham relativamente à “emergência climática que afeta com particular violência a região mediterrânica”.
Na nota informativa referia ainda que a Presidente da República Helénica agradeceu “o envio de meios aéreos para fazer face aos incêndios que afetam a Grécia” e sublinhou “a necessidade de uma iniciativa conjunta dos países do sul da Europa para fazer face aos riscos climáticos no Mediterrâneo”.
“O Presidente Mattarella, depois de manifestar o seu apoio e de mencionar que a Itália também está a enfrentar graves consequências devido às alterações climáticas, respondeu positivamente à proposta”, lia-se no comunicado conjunto.
De acordo com os dois chefes de Estado, “Grécia e Itália podem criar uma frente comum para sensibilizar a União Europeia (UE), os outros países mediterrânicos e toda a comunidade internacional a agirem mais rapidamente e de forma mais eficaz para combater os efeitos da crise climática”.