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– 31-03-2005 |
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Leiria: Suinicultores acusam Quercus de estar a ser "instrumentalizada"Leiria, 31 Mar A Associa��o Nacional de Conserva��o da Natureza (Quercus) contestou hoje a possibilidade de tratamento de efluentes suin�colas com g�s natural, uma solu��o em análise pela empresa Recilis que está a avaliar candidaturas a um concurso público para encontrar a solu��o t�cnica adequada para tratar os efluentes, que contaminam os recursos h�dricos da bacia do rio Lis. Confrontado com estas cr�ticas, David Neves, presidente da Recilis, lamentou que a Quercus tenha tido acesso aos dados do concurso por "concorrentes" e "não tenha solicitado nunca a consulta do processo". David Neves acusou a Quercus de estar a ser "instrumentalizada" por um concorrente ou por uma solu��o t�cnica espec�fica, em preju�zo de outras. "A Recilis vai fazer a sua op��o independentemente de qualquer pressão e será a solu��o que for considerada a mais sustent�vel do ponto de vista econ�mico, ambiental e t�cnico", prometeu este respons�vel, salientando que a análise final das propostas ficar� conclu�da "dentro de dias". Depois, antes da decisão final, será necess�rio definir "outras questáes", como o pre�o pago pela Rede El�ctrica Nacional pela electricidade produzida ou qual o modelo de gestáo final antes de existir um vencedor, explicou. "As preocupa��es da Quercus são leg�timas, mas não são oportunas", afirmou, salientando que estes alertas deveriam ser feitos antes do concurso público internacional realizado. Pedro Carteiro, da Quercus, revelou ter existido uma reuni�o com a SIMLIS – Saneamento Integrado dos Munic�pios do Lis (que irá receber o efluente pr�-tratado das suiniculturas), na qual foram dadas "informações sobre as solu��es t�cnicas", dados que foram considerados "suficientes para que a Quercus tomasse esta posi��o". O ambientalista negou, ainda, que a Quercus esteja "ao servi�o de qualquer concorrente", salientando que estas solu��es t�cnicas "j� existem em v�rios países da Europa" e foi com base nessas experi�ncias que tomou uma posi��o. Na confer�ncia de imprensa da Quercus, Rui Berkemeier, um dirigente da associa��o, contestou a possibilidade de criação de uma "central t�rmica com combust�vel f�ssil" para tratar efluentes suin�colas da regi�o de Leiria. Pedro Carteiro considerou que "seria imoral" que o Estado viesse a apoiar uma solu��o que traz mais problemas ambientais para o país, que está obrigado a cumprir os limites do protocolo de Quioto. Esta solu��o iria aumentar os �ndices de produ��o de gases que contribuem para o efeito de estufa e, por cada tonelada, terá de pagar-se pelo menos dez euros de taxa ambiental, definida pela União Europeia, elevando os custos para quatro milhões de euros por ano, alertaram os ambientalistas. Em contrapartida, a Quercus defende o processo de "digestáo anaer�bia", um sistema de tratamento dos efluentes com uso de bact�rias que decomp�em de forma mais lenta os res�duos, produzindo Também metano. Por outro lado, a associa��o critica um eventual apoio do Estado a uma solu��o que não � ambientalmente correcta, contribuindo com apoios para uma unidade t�rmica de produ��o el�ctrica, que irá custar quatro vezes mais do que estruturas semelhantes de digestáo anaer�bia. Para contrariar este problema, a Quercus defende uma nova defini��o dos pre�os pagos pela Rede El�ctrica Nacional �s energias renov�veis, aumentando substancialmente a tarifa para a electricidade produzida através de digestáo anaer�bia. M�rio Oliveira, presidente da Associa��o de Defesa do Ambiente e do Patrim�nio da Regi�o de Leiria (Oikos), salientou, por seu turno, que esta posi��o dos ambientalistas não pretende colocar em causa o processo de despolui��o da bacia do rio Lis, que deve ser "impar�vel". At� 2006, data em que o sistema dever� estar a funcionar, os suinicultores estáo apenas autorizados a espalhar efluentes por tratar nos terrenos agr�colas autorizados ou a realizar despejos pr�-tratados em esta��es de tratamento pr�prias. A regi�o de Leiria tem cerca de 400.000 su�nos, que produzem dejectos equivalentes aos gerados por 1,2 milhões de pessoas, provocando um problema ambiental que se arrasta h� d�cadas.
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