As entidades parceiras e os concessionários presentes no Leiria Sobre Rodas vão realizar uma ação de reflorestação num talhão junto à Lagoa da Ervedeira, como forma de compensar a poluição provocada pelos veículos, anunciou hoje a autarquia.
“De forma a contribuir para compensar os impactos ambientais negativos, que reconhecemos que existem, todas as entidades parceiras e os concessionários presentes no Leiria Sobre Rodas irão realizar uma ação de reflorestação, no mais recente talhão disponibilizado pelo ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas] ao município, junto à Lagoa da Ervedeira”, disse a vereadora Catarina Louro, na reunião de câmara de hoje.
Segundo a vereadora com a pasta da Economia e dos Grandes Eventos, a intervenção ocorrerá em “cerca de 10 hectares”, no próximo dia 18 de novembro.
A 10.ª edição do Leiria Sobre Rodas decorreu em três dias – menos um do que no ano passado – e superou os 68 mil visitantes, “o que mostra claramente o interesse que o evento tem suscitado de ano para ano”.
“A crítica nacional e internacional tem sido positiva. O desporto motorizado mobiliza muitas pessoas, além das fronteiras regionais e nacionais e é preciso levar em conta o elevado impacto económico sobre toda a região, nomeadamente na área da hotelaria e da restauração e na comercialização de viaturas”, disse Catarina Louro.
A autarca revelou que as mais de 30 marcas de automóvel presentes no evento afirmaram que “venderam nestes três dias de uma forma que nem elas próprias esperavam”.
Com a preocupação ambiental, o evento voltou a apostar nos corpos reutilizáveis, o que permitiu “diminuir significativamente os resíduos”.
Foram ainda introduzidos “novos modelos de mobilidade elétrica”, tendo sido criado o Eletric Challenge, uma “nova iniciativa dentro do Leiria Sobre Rodas”.
Em resposta ao vereador independente eleito pelo PSD, Daniel Marques, a vereadora socialista garantiu que “os clássicos permanecem como uma das principais razões da existência deste evento”.
“Uma distinção que este evento merece tem a ver com esta exposição ímpar e incomparável com o que se faz na Península Ibérica. A parte desportiva [evento] pode ter maior mediatismo, mas a exposição dos clássicos, o passeio dos clássicos que este ano foi diferente, com mais uma prova da gincana dos clássicos pela cidade, mantém a sua importância”, reforçou.