O secretário-geral do PCP instou hoje o Governo a defender a agricultura como uma atividade fundamental para o país, numa altura em que muitos agricultores enfrentam dificuldades pelo aumento dos custos de produção.
No final de uma reunião com a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola em Portugal (CONFAGRI), em Lisboa, Jerónimo de Sousa disse que a agricultura é “um imperativo” para o país no que diz respeito à produção interna.
No entanto, prosseguiu, os agricultores portugueses estão a enfrentar várias dificuldades que os levam a desistir desta atividade, nomeadamente, o aumento dos fatores dos custos de produção, enquanto “se mantêm fixos os preços de produção”.
“Não é rentável para as suas vidas”, sustentou, acrescentando que este tipo de modelo acaba por apenas ser suportável pelas grandes superfícies.
Por isso, o dirigente comunista instou o executivo a “defender a agricultura, defender os agricultores, defender os produtores, como opção e prioridade” para o país, algo que não tem sido para o atual executivo socialista liderado por António Costa.
“Hoje o Governo, valendo-se do seu estatuto de estar neste momento de transição, acaba por não reconhecer nem valorizar, arrasta os pés, mesmo em relação àquilo que foi aprovado como proposta na Assembleia da República”, referiu.
O compromisso eleitoral do PCP (que concorre coligado com o PEV e a Associação Intervenção Democrática) às eleições legislativas, continuou Jerónimo de Sousa, tem resposta às preocupações que enfrenta este setor.
Na ótica do secretário-geral, só falta colocar os compromissos em prática.