Empresa de Azeitão cresceu 14% mas vendas, em 2021, para 29 milhões de euros. A JMF Distribuição assegura já mais de metade
A José Maria da Fonseca fechou 2021 com vendas consolidadas de 29 milhões, 14% acima de 2020, que ficara em linha com 2019, e mantém as expectativas de crescimento para este ano, apesar da conjuntura difícil. A inflação é “o grande tema” do momento, admite António Maria Soares Franco, administrador da empresa de vinhos de Azeitão, mas “há que aprender a viver” com ela.
“A inflação afeta não só as matérias-primas como os custos da energia e dos transportes e as empresas têm que pensar muito bem como é que vão reagir a este novo paradigma, porque a maior parte de nós nunca viveu com níveis de inflação desta ordem. Temos de aprender a viver neste novo paradigma”, refere o responsável. Para António Maria Soares Franco, esta pode até ser uma oportunidade para reposicionar os vinhos nacionais. “Portugal ainda é um país que vende vinhos a preços muito baratos e a inflação pode ser uma oportunidade para, uma vez que os outros países terão que reposicionar os seus preços para cima, valorizarmos os nossos vinhos e tomarmos algum do espaço que estes outros países antes ocupavam”, defende.
E se no mercado nacional as empresas terão que ser “muito imaginativas” na forma como irão passar os aumentos de custos para o consumidor, lá fora há que aproveitar o maior poder de compra. “Nos mercados de exportação, as bolsas são um pouco maiores do que as dos portugueses e há que cativar aqueles que atualmente já compram vinhos de outros países, a um preço mais alto. Acredito que há aí oportunidades a explorar”, defende.
Mas nem tudo se resume às vendas, há que agir também a nível dos custos. E a JMF tem “planos agressivos de redução de consumo energético” em prática, a par dos investimentos em painéis […]