A associação de regantes de Óbidos, entidade gestora do projeto de regadio, vai avançar com a construção de uma nova sede, num investimento de 363 mil euros, informou hoje a Câmara.
O contrato para a construção do edifício sede da Associação de Regantes de Óbidos foi assinado na quarta-feira, em Óbidos, pelo diretor-geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Rogério Ferreira, que considerou tratar-se de “um dos sinais claros daquilo que é a profissionalização destas concessões [de aproveitamento hídrico]”.
Citado numa nota de imprensa da autarquia, Rogério Ferreira aludiu aos “tempos difíceis” devido à seca que o país atravessa, sublinhado que é preciso “saber utilizar muito bem este recurso que é a água” e ser “muito eficiente nesse mesmo uso”.
O diretor-geral afirmou ainda que está a ser concluído “o grande projeto de regadio das baixas de Óbidos”, estando já “preparados para regar mais de 1.300 hectares”.
O objetivo da direção-geral é que “os blocos de Óbidos e Amoreira estejam a regar de forma normal no ano que vem, com o objetivo de termos uma total adesão ao perímetro”, conclui.
“Em tempo de seca, está a dar-se muito mais valor ao regadio, ao que é uma barragem e à água, que deverá ser retida no Inverno, para poder ser usada no Verão”, afirmou o presidente da associação de regantes, Filipe Ferreira, lembrando ter sido precisa “muita luta, nestes mais de 40 anos, para conseguir esta obra” que serve cerca de 900 agricultores dos concelhos de Óbidos e Bombarral, no distrito de Leiria.
Em ano de seca, o “sucesso extraordinário” do aproveitamento agrícola das baias de Óbidos marca “a diferença entre ter água e não ter água”, vincou o presidente da Câmara de Óbidos, Filipe Daniel (PSD), citado na mesma nota.
O projeto de regadio das baixas de Óbidos representa um investimento de 28 milhões de euros, dos quais 22,2 milhões comparticipados pelo Programa de Desenvolvimento Regional (PRODER).
A rede de rega encontra-se em fase de conclusão e vai servir cerca 900 agricultores das freguesias da Amoreira, Vau e Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa, no concelho de Óbidos, e do Pó e da Roliça, no concelho do Bombarral.
A água para rega tem origem na albufeira criada pela Barragem de Óbidos que abastece a rede de rega sob pressão a partir de uma estação elevatória.