Paulo Fernandes defende serviços de ecossistemas como mecanismo para financiar gestão de combustível.
Paulo Fernandes, investigador na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), defende que “é preciso haver formas de pagar” a limpeza das florestas, onde ainda se “faz pouco” por falta de capacidade dos proprietários. A solução, considera, passa por “a sociedade e os governos reconhecerem” a importância da gestão de combustível para o bem comum. O que implica “as pessoas começarem a pagar mais impostos, ou mais um imposto, para financiar esse serviço de ecossistemas” que, em Portugal, tem um programa de remuneração ainda a título experimental.
Numa conferência mundial sobre incêndios florestais, no Porto, Paulo Fernandes fez um balanço do trabalho de gestão do combustível. Segundo disse ao JN, o problema está na quantidade de intervenções de limpeza. Questionado sobre Portugal, referiu que ainda se faz pouco: “A legislação obriga a que se faça em torno das casas. Mas, no espaço florestal, não é obrigatório. Faz-se pouco e de modo muito isolado, um bocadinho aqui outro ali”. […]
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