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– 21-11-2012 |
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INE: Bom ano para o milho e para o tomate, m�s perspectivas para o olival
As previs�es agr�colas do INE, em 31 de Outubro, apontam para mais uma boa campanha no milho, perspectivando-se que ultrapasse, pelo segundo ano consecutivo, as 800 mil toneladas. De igual modo, a campanha do tomate revelou-se muito produtiva, com os rendimentos unit�rios a atingirem valores record de 93 toneladas por hectare. Salienta-se o facto de, num ano fortemente marcado pela seca extrema, as culturas de Primavera/Ver�o terem apresentado resultados muito positivos, o que refor�a a import�ncia do regadio no futuro da agricultura nacional, numa altura em que não estáo garantidos os apoios ao investimento para este sector no ambito da reforma da PAC. Na produ��o vitivin�cola as previs�es apontam para um ligeiro aumento, com os vinhos a apresentarem boa qualidade. Em sentido inverso, perspectiva-se uma diminui��o, pela primeira vez nos �ltimos 5 anos, do rendimento unit�rio da azeitona para azeite, em particular nos olivais de sequeiro, bastante afectados pelas condi��es de seca meteorol�gica ocorridas ao longo do ciclo produtivo. Prev�em-se igualmente quebras de produ��o nos pomares de frutos frescos, nomeadamente de pôra (-50%) e de ma�� (-25%). Também para a castanha as perspectivas não são animadoras em termos de produ��o, antevendo-se mais um mau ano, previsivelmente pior que o de 2011. De referir ainda que a precipita��o ocorrida em Outubro permitiu o desagravamento da situa��o de seca meteorol�gica, sem, no entanto, causar grandes transtornos nos trabalhos de prepara��o dos solos para a instala��o das culturas de Outono/Inverno. O m�s de Outubro registou, quer em termos de temperatura quer em termos de precipita��o, valores muito próximos da normal. Esta circunst�ncia permitiu um desagravamento significativo da situa��o de seca meteorol�gica, que inclusivamente j� cessou em grande parte das regi�es do Minho, do Oeste e do interior Centro. No final do m�s, apenas 6% do territ�rio continental (essencialmente no Sotavento Algarvio) se encontrava em seca moderada. Estas condi��es climatéricas foram favor�veis para a colheita das culturas de primavera/ver�o e possibilitaram a realiza��o dos trabalhos de prepara��o dos solos para a nova campanha. A utiliza��o de palhas, fenos, silagens e ra��es industriais para suplementar a alimenta��o dos efectivos continua elevada, como � habitual nesta �poca. Contudo o aumento dos teores de humidade do solo criou condi��es prop�cias � germina��o e crescimento dos prados e pastagens, bem como das culturas forrageiras j� semeadas, o que permitiu, nalgumas pastagens, a introdu��o dos pequenos ruminantes. Olivais para azeite com quebras de produtividade Apesar da precipita��o dos dois �ltimos meses ter promovido alguma recupera��o nos olivais, prev�em-se quebras de produtividade face � campanha anterior, generalizadas a todas as principais regi�es produtoras (Alentejo, Tr�s-os- Montes e Beira Interior). Nos olivais tradicionais de sequeiro os decréscimos foram mais acentuados, pois as condi��es de seca, as elevadas amplitudes t�rmicas e os ventos fortes que se fizeram sentir ao longo do ciclo produtivo condicionaram a flora��o e o vingamento das azeitonas. J� nos olivais mais modernos, com sistemas de rega instalados, foi poss�vel mitigar estas condi��es adversas, tendo o vingamento decorrido normalmente, não se fazendo sentir os efeitos perversos das ondas de calor de Junho, Julho e Agosto. Perspectivam-se quebras de 25%, face a 2011, no rendimento unit�rio da azeitona de mesa e na azeitona para azeite, ficando, ainda assim, esta última ligeiramente acima do valor m�dio do �ltimo quinqu�nio. Mais um ano de ouro para o milho Com as reservas de �gua devidamente asseguradas na maioria das explora��es que normalmente cultivam milho de regadio, a grave situa��o de seca meteorol�gica foi facilmente contornada, recorrendo a um planeamento cuidado das áreas semeadas e a uma gestáo criteriosa das regas. Desta forma foi poss�vel evitar redu��es significativas da produtividade, face a 2011, prevendo-se que a produ��o ultrapasse novamente as 800 mil toneladas. Os benef�cios dos sistemas de rega modernos e eficientes na mitiga��o dos fen�menos climatéricos extremos, cada vez mais frequentes, ficaram este ano claramente demonstrados, bem como a necessidade de salvaguardar, no processo de negocia��es no ambito da reforma da PAC, a vantagem estratégica que o investimento no regadio confere aos países do sul da Europa. Relativamente � comercializa��o, e num ano em que se previam riscos acrescidos resultantes do aumento da área mundial (a maior das últimas d�cadas), da grave situa��o de seca e da volatilidade dos mercados (apesar da cota��es atractivas dos �ltimos anos), a estratégia passou pela antecipa��o das vendas e pela promo��o da comercializa��o do milho em larga escala, garantindo cota��es vantajosas para muitos produtores. No que diz respeito ao milho de sequeiro, a diminui��o da área semeada e do rendimento unit�rio (reflexo dos condicionalismos climatéricos desta campanha) conduziu a quebras na produ��o na ordem dos 15%. J� quanto ao arroz, � excep��o de alguns casos na pen�nsula de Set�bal, não se registaram dificuldades no fornecimento de �gua �s searas. A preval�ncia da principal doen�a que afecta esta cultura, a piriculariose, foi reduzida, em resultado da conjuga��o do tempo seco e do cumprimento dos tratamentos fitossanit�rios recomendados, o que concorreu, juntamente com a manuten��o da área, para que a produ��o desta campanha sustente o aumento registado em 2011, alcan�ando novamente as 184 mil toneladas. Produtividade record no tomate para a ind�stria A campanha de tomate terminou, tendo a precipita��o do final de Setembro obrigado a um esfor�o suplementar de alguns produtores para conclu�rem as colheitas no prazo estipulado com a ind�stria transformadora. Com o tempo seco, os maiores problemas fitossanit�rios prenderam-se apenas com a pressão das principais pragas, com o incremento da utiliza��o dos insecticidas a revelar-se eficaz no controlo das mesmas, particularmente da Tuta absoluta (mineira do tomateiro) e da Frankliniella occidentalis (vector do v�rus do bronzeamento do tomateiro). Este factor, conjugado com as temperaturas relativamente amenas ao longo do ciclo, permitiu que as produtividades record alcan�adas (93 toneladas por hectare) compensassem largamente a redu��o da área plantada, pelo que se prev� que a produ��o se fixe nos 1294 milhões de toneladas. Produção do girassol quebra 25% O impasse originado pelas condi��es de seca conduziu, para além de um atraso nas sementeiras, Também a uma redu��o significativa da área de girassol. Esta situa��o, em conjunto com a quebra de produtividade, determinou que a produ��o previsivelmente fique abaixo das 10 mil toneladas, o que representa uma quebra de 25% face a 2011. Pomares de pom�ideas com quebras acentuadas na produ��o Os problemas de poliniza��o e vingamento, provocados pelas baixas temperaturas que se fizeram sentir na fase da flora��o dos pomares de pom�ideas, conduziram a um menor n�mero de frutos e a calibres irregulares. Na ma��, foi em Tr�s-os-Montes que se verificaram as maiores quebras de produ��o, agravadas pela ocorr�ncia localizada de fortes aguaceiros e granizo. No entanto, Também no Oeste a conclusão da colheita acabou por revelar que, apesar do bom aspecto vegetativo das macieiras, a produtividade foi condicionada pelas condi��es climatéricas, contribuindo decisivamente para uma redu��o de 25% da produ��o a nível. nacional, face a 2011. Quanto � pôra, a conjuga��o do facto de se estar num ano de contrassafra (ap�s um ano record, com 230 mil toneladas) e da elevada concentra��o regional e varietal dos pomares (produ��o de pôra Rocha essencialmente no Oeste) ampliou os efeitos negativos das adversidades clim�ticas. As perdas foram ainda agravadas pelos intensos ataques de filoxera e estenfiliose, com as consequentes podrid�es associadas a impedirem a comercializa��o dos frutos. A produ��o prevista nesta campanha (115 mil toneladas) representa uma quebra de 50% face a 2011 e de 37% face � média do �ltimo quinqu�nio. Quarto ano consecutivo de diminui��o na produ��o de kiwi As condi��es climatéricas desfavor�veis na altura da flora��o e do vingamento do fruto e os problemas fitossanit�rios em alguns pomares, nomeadamente com a dissemina��o do �cancro bacteriano do kiwi�, afectaram o desenvolvimento e, em certos casos, a qualidade e o valor comercial dos frutos. A colheita, que apresenta um atraso de duas semanas, j� se iniciou nas variedades mais precoces, prevendo-se uma quebra da produ��o na ordem dos 15%. Redu��es nas produ��es de am�ndoa e castanha Na am�ndoa, os efeitos da seca reflectiram-se tanto no menor calibre do miolo como na dificuldade do descasque, o que fez reduzir a produ��o colhida. Desta forma prev�em-se decréscimos de produ��o da ordem dos 10%, face a 2011. No que diz respeito � castanha, tal como em muitas outras culturas permanentes, um dos efeitos da seca foi o atraso na matura��o dos frutos, o que acabou por permitir que a precipita��o ocorrida nos �ltimos dois meses beneficiasse as castanhas ainda na �rvore, contribuindo para o aumento o seu calibre m�dio. Ainda assim, esperam-se decréscimos na produ��o, que dever� ficar 5% abaixo da observada em 2011 (campanha que registou a pior produ��o dos �ltimos 18 anos). A qualidade dos frutos � heterog�nea, com as temperaturas amenas a favorecerem os ataques da Cydia splendana e, consequentemente, o surgimento de muitas castanhas �bichadas�. Campanha regular produz vinho de qualidade Com as vindimas j� terminadas, confirmou-se a influ�ncia da car�ncia h�drica no menor calibre das uvas e no rendimento em mosto abaixo do normal. Apesar disso, e tendo em conta o excelente in�cio de ciclo, com bons lan�amentos (n�mero de cachos por cepa) e uma flora��o e alimpa sem sobressaltos, prev�-se que globalmente a produ��o de vinho aumente 5%, face a 2011. Em termos qualitativos, e apesar de alguma irregularidade no estado de matura��o e no teor alco�lico das uvas recepcionadas nas adegas, estas apresentavam um bom estado sanit�rio, pelo que se perspectiva que os vinhos produzidos sejam de qualidade. Este factor, muito importante neste sector, assume uma dimensão essencial na perspectiva de conquista de novos mercados, face a um cen�rio onde previsivelmente surgiráo dificuldades de comercializa��o no mercado interno. Climatologia em Outubro de 2012 No final do m�s de Outubro os valores da percentagem de �gua no solo, em rela��o � capacidade de �gua utiliz�vel pelas plantas, aumentaram significativamente em todo o territ�rio, quando comparados com o final do m�s anterior, sendo que nas regi�es Norte e Centro j� são superiores a 50%. Fonte: INE
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