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– 05-08-2004 |
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Incêndios : Área ardida deverá atingir os 108 mil hectaresLisboa, 04 Ago Os números indicados no 6º relatório semanal provisório da DGRF incluem já a área dos grandes incêndios que tiveram início no dia 25 de Julho e que se prolongaram nos dias seguintes, nomeadamente nos distritos de Faro (Monchique, Alcoutim e Castro Marim) e Setúbal (Parque Natural da Arrábida). Contudo, e como ainda não foi apurada a área ardida nesses mesmos incêndios, os números hoje divulgados são apenas uma estimativa. Segundo a DGRF, esta estimativa resulta de uma primeira avaliação da área queimada nesses grandes incêndios, efectuada com recurso a imagens de satélite. "A confirmação destes valores está a ser objecto de um trabalho de levantamento exaustivo, a decorrer no terreno, a cargo das brigadas do Corpo Nacional da Guarda-Florestal, que permitirá, ainda, contabilizar as culturas e espécies florestais afectadas", refere uma nota da DGRF. Os 108 mil hectares de área queimada incluem áreas agrícolas, povoamentos florestais, incultos e outras. Excluindo os grandes incêndios ocorridos nos distritos de Faro e Setúbal, o relatório da DGRF indica que no total já arderam 50.084 hectares, em resultado de 3.066 incêndios florestais e 12.433 fogachos (com área inferior a um hectare). Relativamente à semana de 26 de Julho a 01 de Agosto, e também não incluindo os grandes incêndios dos distritos de Faro e Setúbal, o relatório da DGRF refere a ocorrência de 2.927 incêndios e fogachos, responsáveis por 7.802 hectares de área ardida. Os valores mais elevados de área ardida registam-se nos distritos de Vila Real (6.971 hectares), Santarém (4.602 hectares), Faro (4.482 hectares), Viseu (4.398 hectares) e Bragança (4.072 hectares). O maior número de incêndios florestais (área superior a um hectare) verificou-se nos distritos de Braga (603), Porto (472) e Vila Real (353). Relativamente aos fogachos, os valores mais elevados foram igualmente atingidos nos distritos do Porto e Braga. Quanto aos grandes incêndios, já se encontram apurados 47, que queimaram 27.284 hectares, o que corresponde a 56 por cento do total da área ardida. No ano passado, a área ardida em Portugal ascendeu a 423.276 hectares, quatro vezes mais do que a média anual do decénio de 90 e mais do dobro do pior ano até então em matéria de incêndios florestais, que foi em 1991, segundo o Relatório Final da Comissão Parlamentar Eventual para os Fogos Florestais/2003. Os fogos do ano passado causaram 20 mortos, entre os quais quatro bombeiros, e danificaram cerca de 2.500 edifícios, dos quais 2.280 instalações para diversos fins de actividades económicas e muitas infra-estruturas e equipamentos públicos municipais e estatais, assim como centenas de habitações. Os incêndios florestais em 2003 causaram 400 milhões de euros de prejuízo, segundo o Governo.
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