O Presidente da República garantiu hoje que, apesar de estar na Romaria de Nossa Senhora d´Agonia, em Viana do Castelo, está a acompanhar “permanentemente” o incêndio em Ourém, sendo os meios disponibilizados até agora os “possíveis e adequados”.
“Mesmo eu estando aqui [Viana do Castelo] não deixarei de acompanhar permanentemente a situação [Ourém]”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas antes de descer a avenida principal desta cidade onde, ao longo do percurso, tem estado rodeado de uma imensa multidão que o ovaciona ao som da música “Havemos de ir a Viana”, da fadista Amália Rodrigues.
O Chefe de Estado adiantou que, segundo informações que vai recebendo, os meios que estão a ser mobilizados para o fogo são os considerados “possíveis e adequados” para a situação.
Além disso, o Presidente da República realçou que, sendo de noite, não é possível utilizar meios aéreos.
“Vamos ver se é preciso reforçar os meios ao longo da noite, esperamos que não e que haja descida da temperatura”, afirmou.
Pelo menos 50 pessoas foram retiradas hoje das suas casas, por precaução, devido ao incêndio que deflagra desde as 14:40 no concelho de Ourém, distrito de Santarém, disse à Lusa o presidente da câmara, Luís Albuquerque.
“Estamos a falar de um território muito disperso, com casas muito dispersas no meio da floresta, e por uma questão de precaução entendemos por bem ir evacuando algumas casas, prevendo que o fogo poderia chegar perto dessas casas. Isso efetivamente foi feito, mas povoações inteiras não”, explicou o presidente da Câmara de Ourém.
Este incêndio obrigou ao corte da circulação ferroviária na Linha do Norte, desde cerca das 18:30, e atingiu um aviário, disse à Lusa ao final da tarde fonte do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Santarém.
A tarde de hoje também ficou marcada por um acidente entre um veículo dos bombeiros, que combatia este incêndio, e um automóvel, tendo provocado três feridos ligeiros, ocupantes da viatura particular, que foram assistidos no Hospital de Leiria.
A propósito dos incêndios, Marcelo Rebelo de Sousa ressalvou que algumas das zonas atingidas pelos fogos não têm unidades militares próximas e isso é “um problema”.
“É um problema sobre o qual se terá de pensar um dia”, sublinhou.
Segundo a página na internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 23:15, o incêndio mobilizava 575 operacionais, com o apoio de 172 veículos.
O alerta para o fogo foi dado às 14:40, na localidade de Carvalhal, na freguesia de Espite.