A situação de contingência em Portugal, por causa dos incêndios, vai prolongar-se de sexta-feira até domingo, anunciou hoje o primeiro-ministro durante uma visita ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Esta posição de António Costa no sentido de renovar a situação de contingência foi tomada após ter estado reunido com o presidente do IPMA, Miguel Miranda, e com responsáveis da Autoridade Nacional de Emergência e da Proteção Civil, em que também esteve presente o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.
Na parte final do ‘briefing’, o primeiro-ministro questionou se a decisão política deveria passar pelo prolongamento da situação de contingência em Portugal e recebeu uma resposta afirmativa.
“A temperatura vai baixar nos próximos dias, mas temos uma acumulação de incêndios nos últimos dias. Apesar de as ignições terem tendência para baixar, há um legado que passa de dia para dia, para além do crescente desgaste das forças que estão no terreno”, concluiu António Costa.
Perante os jornalistas, António Costa referiu depois que o quadro meteorológico vai “prolongar-se para além da sexta-feira”.
“Vai estender-se pelo fim de semana e, portanto, com grande probabilidade, teremos a necessidade de prolongar a situação de contingência, que terminaria às 24:00 de sexta-feira. Teremos de ir acompanhando a evolução da situação meteorológica”, adiantou.
O primeiro-ministro ouviu o presidente do IPMA prever uma descida das temperaturas nas zonas do litoral do território do continental, mas as temperaturas vão continuar elevadas nas regiões do interior, além de uma previsão de ventos fortes no Algarve.
“Hoje vai ser mais um dia difícil para as equipas que estão no terreno no combate aos incêndios. Temos também de enfrentar o fator negativo decorrente do longo período de seca”, completou.
Apesar da conjuntura negativa em termos de clima, o primeiro-ministro foi informado de que o número de ignições é relativamente baixo, o que indica algum sucesso em termos de ações de prevenção dos fogos.