Portugal atingiu hoje as 700 Equipas de Intervenção Permanente (EIP) em funcionamento no continente, anunciou o Governo, acrescentando que este número foi atingido com 22 novas EIP nas regiões norte, centro e Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo.
O Ministério da Administração Interna (MAI) adianta, em comunicado, que estas EIP fazem parte de um total de 738 autorizadas por si e explica que a autorização para criar estas equipas é tomada em articulação com as câmaras municipais e as associações humanitárias de Bombeiros (AHB) envolvidas, “traduzindo a aposta do Governo no reforço contínuo do modelo de resposta profissional permanente aos riscos de proteção civil”.
As EIP, cada uma com cinco elementos, são um dos vários elementos em que assenta o modelo de resposta aos riscos de proteção civil e as 700 equipas agora em atividade correspondem a 3.500 bombeiros profissionais, explica o MAI.
Os bombeiros profissionais afetos às EIP – cada uma com um número mínimo de efetivos de cada sexo não inferior a 20%, desde 2021, para promover a diversidade de género – “têm elevada especialização e competências em áreas diferenciadas para atuarem em diferentes cenários”, refere a nota.
O MAI acrescenta que o investimento nas EIP rondará os 60 milhões de euros em 2023, repartido entre o Estado central e as autarquias.
Em dezembro passado, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) saudou a constituição de mais 30 EIP anunciadas então pelo MAI para o primeiro semestre de 2023, mas recomendou que se faça um ponto de situação e ponderação sobre as existentes, as protocoladas em atividade, ou não, de modo a que se possam apurar e resolver os eventuais constrangimentos”.
Esta posição da LBP foi expressa num comunicado emitido logo após o MAI ter anunciado em dezembro a constituição de 30 EIP, compostas por 150 bombeiros profissionais, elevando o total nacional para 780.
Na altura, a Liga avançou que existiam 735 protocolos para constituição de EIP, 689 dos quais assinados pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), municípios e corporações de bombeiros e 617 tinham iniciado atividade.
Segundo a LBP, existiam em dezembro passado 72 EIP que foram autorizadas, mas não estavam a funcionar nas corporações de bombeiros.