O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, assegurou hoje que o Governo está preparado para reforçar os meios disponibilizados para o combate aos incêndios na Madeira, se solicitado pelas autoridades regionais.
“Se necessário for, estamos preparados para reforçar esses meios e serão mobilizados nos termos em que as autoridades regionais assim o solicitem”, assegurou José Luís Carneiro.
O ministro deixou ainda uma palavra de solidariedade para com o povo madeirense, as autoridades regionais e os municípios, como Porto Moniz e Calheta, que “têm vivido momentos difíceis”.
José Luís Carneiro falava no Porto, à margem da apresentação pública do balanço da atividade operacional da PSP e da GNR.
Esta manhã partiu para o arquipélago um contingente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), chefiada pelo comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Coimbra, Carlos Tavares, para ajudar no combate aos fogos.
No Porto, o governante explicou que o contingente disponibilizado para ir para a Madeira é composto por 64 operacionais, dos quais 54 bombeiros da Força Especial de Proteção Civil, seis elementos da estrutura de Comando da Emergência e Proteção Civil de Coimbra e quatro elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica.
Esse contingente tem fundamentalmente competências para o combate apeado aos fogos, essenciais face às características geomorfológicas do arquipélago, acrescentou.
Devido “às necessidades do transporte”, os 64 elementos foram divididos em duas equipas, tendo a primeira partido hoje para a Madeira.
Neste momento, reforçou, foram mobilizados os meios que as autoridades regionais consideraram necessário, contudo, se vieram a ser detetadas outras necessidades “naturalmente que mobilizaremos esses mesmos apoios”, reiterou, dando conta da disponibilidade da Unidade de Emergência e de Proteção e Socorro da Guarda Nacional Republicana para apoiar os meios no terreno em caso de necessidade.
Um fogo deflagrou na quarta-feira, cerca das 18:00, na freguesia dos Prazeres, concelho da Calheta, na zona oeste da ilha da Madeira, tendo alastrado durante a noite à freguesia contígua da Fajã da Ovelha e, posteriormente, às freguesias da Ponta do Pargo e das Achadas da Cruz, esta já no concelho do Porto Moniz, onde lavrava com mais intensidade.
Durante a tarde de quinta-feira deflagrou outro incêndio no concelho de Câmara de Lobos, contíguo ao Funchal a oeste, numa área florestal, no sítio da Vera Cruz, freguesia da Quinta Grande, que permanece ativo.
O Governo da Madeira declarou na quinta-feira a situação de contingência devido aos incêndios que lavram na região e que ainda se mantêm ativos, ativando assim o Plano Regional de Emergência de Proteção Civil.
O combate às chamas nos três municípios envolvia às 11:30 mais de 100 operacionais, 42 veículos e o único meio aéreo de combate a incêndios na Madeira.