O valor diário pago às equipas de intervenção, que integram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), subiu mais de 5% para 64,20 euros, anunciou hoje o Governo.
“O DECIR contempla o aumento de 5,1% do valor dos pagamentos diários efetuados ao pessoal que integra as equipas de intervenção e outros grupos de reforço, valor indexado ao acordo de médio prazo para a melhoria dos rendimentos, dos salários e da competitividade, assinado em 2022”, indicou, em comunicado, o Ministério da Administração Interna.
Verifica-se ainda um ganho de 7,8% no valor da comparticipação dos custos com a alimentação, bem como um aumento médio de 10% dos valores de referência para veículos e de 5% para os equipamentos cedidos pelos corpos de bombeiros.
Em resposta à Lusa, o ministério tutelado por José Luís Caneiro detalhou, citando dados da diretiva financeira, que o valor diário pago às equipas de intervenção é de 64,20 euros, acima dos 61 euros pagos em 2022.
O pessoal de apoio, os bombeiros (quadro ativo) e a equipa de apoio psicossocial também vão receber 64,20 euros por dia.
Por sua vez, os bombeiros (quadro de comando), o chefe da equipa de apoio psicossocial, o comandante de permanência às operações e o oficial de operações e emergência recebem, por dia, 74,70 euros, sendo que, no ano passado, o valor foi de 71 euros.
De acordo com o executivo, este dispositivo tem agora “o maior valor de sempre”, com uma provisão orçamental de 54,7 milhões de euros.
O dispositivo de combate a incêndios rurais é hoje reforçado ao entrar na sua capacidade máxima, passando a estar em prontidão 13.891 operacionais, 3.084 equipas, 2.990 veículos e 67 meios aéreos.
A Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o DECIR para este ano, indica que os meios são reforçados hoje pela terceira vez este ano com a entrada em vigor do denominado ‘reforçado – nível Delta’, que termina a 30 de setembro.
Nos próximos três meses, vão estar operacionais 13.891 operacionais, 2.084 equipas e 2.990 veículos.
O DECIR deste ano aponta para este período, que é considerado o mais crítico, 72 meios aéreos, mas a Força Aérea tem tido dificuldade em contratar estes meios devido à falta de aeronaves no mercado por causa da guerra na Ucrânia.
Atualmente estão operacionais 67 meios aéreos, mais sete do que em igual período de 2022, mas ainda faltam cinco aeronaves para atingir o objetivo traçado para este ano no DECIR.