O distrito de Castelo Branco conta este ano com um dispositivo de combate a incêndios composto por 180 equipas, que incluem 834 operacionais, 183 veículos, três helicópteros e dois bombardeiros médios, anunciou o comandante de Operações de Socorro.
“Relativamente aos números haverá um ligeiro aumento relativamente aos anos anteriores, em termos globais de operacionais. Este ano, contamos com 834 operacionais de todas as entidades”, disse hoje à agência Lusa Francisco Peraboa, responsável pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco.
O comandante referiu que o “aumento não é muito significativo”, face aos anos anteriores, visto que todo o dispositivo já estava com “um empenhamento bastante elevado” desde os últimos anos.
“Vamos manter, basicamente, a mesma estrutura de comando e controle das operações no terreno, com seis comandantes permanentes às operações, na fase de empenhamento quatro da campanha, com um total global de 180 equipas e 183 veículos disponíveis em permanência, para as ações de combate e complementaridade ao combate no distrito”, sublinhou Francisco Peraboa.
O comandante do CDOS de Castelo Branco explicou que há um aumento no dispositivo de cerca de 30 operacionais, que se deve, sobretudo, aos incrementos, nos últimos anos, das equipas de sapadores florestais.
Estas equipas contam agora com 190 operacionais e 38 veículos no distrito de Castelo Branco, número que Francisco Peraboa considerou “muito significativo”.
“São obviamente, uma peça importante no território, onde estão no ano todo e que nesta fase mais complexa têm um papel muito importante na vigilância, na deteção e na primeira intervenção”, sustentou.
O distrito conta ainda com o grupo de força especial de Proteção Civil, cuja primeira companhia está sediada em Proença-a-Nova.
Francisco Peraboa destacou este grupo como uma “componente muito importante”, no âmbito da monitorização, no acompanhamento das ocorrências e do planeamento, sublinhando as especificidades tecnológicas disponibilizadas.
“Permitem-nos, enquanto comando distrital e a todos os elementos de comando do distrito, ter em tempo real, informação credível daquilo que está a acontecer no teatro de operações. Isto faz toda a diferença depois na tomada de decisão”, disse.
Já a estrutura de meios aéreos mantém-se inalterada face ao ano passado.
No distrito de Castelo Branco, mantêm-se os três helicópteros no “nível de empenhamento quatro”, distribuídos por Covilhã, Castelo Branco e Proença-a-Nova, sendo que em Castelo Branco está estacionado um helicóptero médio e os outros dois são ligeiros.
“Mantemos também dois aviões médios em Proença-a-Nova. Os meios de Proença-a-Nova e o helicóptero de Castelo Branco estão cá todo o ano, são permanentes. Isto é uma mais-valia enorme”, frisou.
Por último, a estrutura nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil(ANEPC) permanece na Base de Apoio Logístico de Castelo Branco (BAL),com uma parelha de aviões Canadair.
“Basicamente, baseamos o nosso empenhamento de pessoas e equipamentos na mesma estrutura dos últimos anos, com muito enfoque na coordenação entre todas as entidades. É importante referir o forte elo que existe, num trabalho conjunto entre todas as autoridades. Há aqui um sentimento de ligação e de partilha de missão de todos muito importante e que tem sido a estrutura nuclear de resposta nesta problemática dos incêndios rurais”, concluiu.