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– 09-02-2004 |
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Inc�ndios : Portugal alvo de estudo europeu para avaliar reflorestaçãoIspra, It�lia, 08 Fev O projecto, a desenvolver pelo Instituto para o Ambiente e Sustentabilidade do Centro de Investiga��o Conjunta da Comissão Europeia, em Ispra, It�lia, em colabora��o com a Direc��o-Geral de Florestas (DGF), consiste no acompanhamento via satélite da reac��o do coberto vegetal em dois locais afectados por fogo. O objectivo, explicou o investigador Paulo Barbosa � agência Lusa, � identificar as zonas que potencialmente necessitem de interven��o e aquelas nas quais a vegeta��o, por si pr�pria, recupera. "� necess�rio perceber o que se passa com a vegeta��o nas áreas ardidas e saber se � necess�rio ou não reflorestar porque h� zonas que recuperam por elas pr�prias", frisou o engenheiro florestal, a trabalhar h� cerca de cinco anos no instituto europeu. O estudo assume ainda mais import�ncia quando se sabe que a destrui��o das zonas florestais cria zonas sens�veis no que respeita � erosão dos solos, ao deslizamento de terras ou �s inunda��es, pelo que evitar este tipo de situa��es passa Também por saber qual o caminho a seguir no que respeita � reflorestação, salientou ainda. Os dois locais ainda não estáo seleccionados e Paulo Barbosa aguarda que a DGF os indique em breve, mas o investigador quer estudar uma zona que não seja alvo de reflorestação pertencente ao Estado e outra de privados, estando j� prevista uma desloca��o a Portugal em Maio para a realiza��o de trabalho de campo. "Uma das poss�veis zonas � Ma��o, uma das mais afectadas pelos inc�ndios do Ver�o passado, mas a maioria das matas são privadas, pelo que ainda não sabemos", explicou � Lusa. O acompanhamento da reac��o da vegeta��o será feito via satélite, em colabora��o com a Agência Espacial Alem�, através do satélite BIRD, bem como do ingl�s "Chris-Proba". Os resultados dever�o ser conhecidos dentro de tr�s a quatro anos, o tempo necess�rio para avaliar a recupera��o do coberto vegetal, que come�a pelas plantas herb�ceas, seguidas das arbustivas e, finalmente, as �rvores. Entretanto, seráo publicados resultados preliminares anualmente. Este � o segundo estudo do g�nero levado a cabo pelo Instituto para Ambiente e Sustentabilidade da Comissão Europeia, depois de um outro em Marselha, Fran�a, cujos resultados seráo conhecidos em breve. O Governo anunciou, na semana passada, um investimento entre 150 e 200 milhões de euros nos próximos tr�s anos para reflorestar entre 30 a 60 por cento da área ardida em Portugal durante os inc�ndios do �ltimo Ver�o, o que corresponder� a cerca de 150 dos 280 mil hectares de área florestal ardida. Segundo as contas apresentadas, arderam 424 mil hectares no ano passado, 281 mil dos quais floresta. A colabora��o entre o Centro de Investiga��o Conjunta da Comissão Europeia e Portugal em matéria de inc�ndios não � novidade: os investigadores ajudam anualmente o país a fazer a cartografia das zonas de risco de inc�ndio com mais de 50 hectares, o que terá representado cerca de 90 por cento dos fogos em 2003. No ambito da colabora��o, o instituto forneceu diariamente a Portugal, de Maio a Setembro do ano passado, o risco ligado �s condi��es climatéricas. Paulo Barbosa considera que Portugal, em termos de informação disponível., está "numa situa��o privilegiada", uma vez que a cartografia � actualizada periodicamente, pelo que parece "incompreens�vel o que se passou no Ver�o passado". "No entanto, houve um facto determinante: as condi��es climatéricas excepcionais, muito quentes e muito secas durante um período muito prolongado", interpreta, não afastando contudo a influ�ncia de "factores estruturais", incluindo os meios dispon�veis. "Portugal não estava preparado para uma situa��o como aquela porque os meios eram manifestamente insuficientes", avaliou. Um dos instrumentos a utilizar no futuro, e que Portugal j� solicitou ao centro, � a criação de um sistema r�pido para a identifica��o das áreas ardidas, que permita avaliar a evolu��o dos fogos com frequ�ncia e não apenas no in�cio e final da �poca de inc�ndios.
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