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– 16-07-2004 |
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Guardas-florestais protestam e pedem demissão do director geralCerca de 100 guardas florestais manifestaram-se ontem em Lisboa contra as altera��es introduzidas este ano na administração do sector e exigiram a demissão do director geral dos Recursos Florestais. Concentrados frente � Direc��o Geral dos Recursos Florestais (DGRF), os guardas gritaram "rua, rua", segurando cartazes onde exigiam "uma estrutura independente isenta de compadrios pol�ticos" e provocando com apitos um barulho ensurdecedor. Segundo os manifestantes, as altera��es org�nicas aprovadas recentemente pelo Governo "destru�ram" a estrutura descentralizada do Corpo Nacional da Guarda Florestal (CNGF), atribuindo a chefia a ex- t�cnicos das direc��es regionais de agricultura, que dizem não ter forma��o para o exerc�cio das funções. "Estamos totalmente contra a nova estrutura. H� um grande descontentamento e, por isso, muitos guardas pedem a demissão do director geral dos recursos florestais", disse � Agência Lusa o mestre florestal Ant�nio Figueiredo Lopes. Os guardas consideram que a nova estrutura de direc��o pretende diminuir a vertente policial do CNGF, atribuindo aos seus elementos tarefas administrativas e de secretariado que afirmam desvalorizar a carreira. "Os novos dirigentes estáo a pôr-nos como motoristas e mo�os de recados e, no fundo, estáo a querer descaracterizar o nosso trabalho", afirmou Augusto Sim�es, guarda florestal h� 17 anos, enquanto gritava em coro com os outros elementos "pol�cias sim, escravos não!". Os manifestantes queixaram-se ainda da falta de meios materiais como viaturas e comunica��es e da falta de homens para garantir a vigil�ncia das florestas, assegurando que h� apenas 570 guardas num quadro com capacidade para 1.400. "Os pr�prios incendi�rios sabem que podem actuar � vontade em certos s�tios, sobretudo � noite, por que não h� guardas suficientes para assegurar a vigil�ncia", contou � Lusa o mestre Ant�nio Lopes. Em declarações � Agência Lusa, o director geral dos Recursos Florestais, Ant�nio Sousa Macedo, desvalorizou hoje o protesto dos guardas, que considerou "não ter qualquer fundamento". De acordo com o respons�vel, a reforma do sector melhorou a gestáo e coordena��o da Guarda Florestal e foi ao encontro de antigas reivindica��es dos guardas, eliminando a dupla tutela do CNGF, que passou a estar apenas sob a al�ada da DGRF. Ant�nio Sousa Macedo negou que estivesse a ser diminu�da a vertente policial do Corpo e que estivessem a ser atribu�das aos guardas florestais funções administrativas e de secretariado. "Fa�am-me chegar casos desses que eu reagirei imediatamente e ordenarei a aberturas de inqu�ritos", disse. O director geral dos Recursos Florestais contestou ainda a falta de condi��es de trabalho apontada pelos manifestantes, afirmando que "nunca houve tantos meios na guarda como hoje". O Corpo da Guarda Florestal � constitu�do por 570 elementos que desempenham funções de vigil�ncia, investiga��o das causas de fogos e levantamento de áreas ardidas, sendo ainda respons�veis pela fiscaliza��o da ca�a e da pesca nas �guas interiores.
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