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– 28-11-2005 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Gripe das aves / Alcoba�a: Vendedores voltam ao mercado ap�s 40 dias de proibiçãoLeiria, 28 Nov Deslocados do interior do mercado para o parque de estacionamento das traseiras, ao ar livre, os pouco mais de meia d�zia de vendedores de pintos, galinhas e galos mostravam-se esta manh� apreensivos quanto ao futuro imediato do sector, "depois da m� imagem que foi dada ao produto" nas últimas semanas. Jos� Lu�s, vendedor de Turquel, que h� cerca de 12 anos tem clientes no mercado de Alcoba�a, cerca das 10:00 de hoje ainda não tinha vendido nenhuma galinha (a cinco euros a unidade) nem qualquer galo (a nove euros). "Desde que os jornalistas puseram as notícias nos jornais [sobre a gripe das aves], isto está terr�vel", disse o comerciante � Agência Lusa, estimando em mais de dez mil euros o preju�zo registado desde h� dois meses. "não h� subsídios para ningu�m e o homem da farinha não perdoa. Quem faz pintos grandes, como eu, tem muito preju�zo, pois � preciso aliment�-los até serem galinhas e galos", lamentou, adiantando ter entre seis a sete mil aves no seu avi�rio. Enquanto falava � Lusa, chegou a primeira cliente da manh�, Maria Eduarda, residente na cidade de Alcoba�a, que comprou um galo para "fazer arroz de cabidela". "Agora chego a casa, o meu marido mata-o, eu amanho-o e vejo logo se � de qualidade ou não. H� alguma coisa melhor que isto? Nos supermercados não compro, s� no mercado", assegurou a dona de casa, adiantando que, "Também os ovos", s� compra "aqui aos vendedores do mercado". "Ou�a l�, quando houve o problema das vacas loucas, voc� deixou de beber leite, que vem das vacas? Ent�o, isto � a mesma coisa", afirmou perempt�ria, enquanto agarrava na caixa de papel�o onde j� estava o galo que acabara de comprar e se afastava. Os vendedores, com a maior parte das caixas com aves ainda nas camionetas – Também para protegerem os animais do tempo chuvoso -, ao chegarem esta manh� a Alcoba�a para o primeiro dia de venda ap�s cerca de 40 dias de interdi��o, viram os locais onde assentaram banca desinfectados por funcion�rios da autarquia e receberam da veterin�ria municipal umas fichas onde deve ser anotada a quantidade de aves vendidas e o nome do cliente, bem como a localidade de resid�ncia. Com as caixas de aves em cima de oleados – cumprindo a proibição de contacto directo com o ch�o -, os vendedores v�o chamando os poucos clientes que passam pelo local. Joaquina Ca�adora, de Leiria, que h� 30 anos vende pintos no mercado de Alcoba�a, afian�a que "os clientes estáo um bocadinho tremidos". "Foi s� preju�zo nestes dois meses. Estou de rastos. Perdi muito dinheiro", disse a vendedora, acrescentando estar a vender os pintos mais baratos: "dantes eram a 1,20 ou 1,30 euros e agora são a um euro". Justificando a aparente falta de clientes que hoje se verificava em Alcoba�a, Joaquina atribu�a-a ao facto de "as pessoas não saberem que agora se vende na rua". "Dantes as aves eram vendidas dentro do mercado. Também, se calhar, não sabem que j� foi autorizada a venda", adiantou. Também Alfredo Salgueiro, da Maceira, vendedor habitual em Alcoba�a, se lamentava do mau período do neg�cio, garantindo ter perdido "uns 15 mil euros nos �ltimos dois meses". "Tinha � volta de 15 mil pintos nos pavilh�es e tive que tentar despach�-los, muitas vezes ao desbarato", disse, não escondendo que "isto � terr�vel, assim, de um dia para o outro". "Isto aqui ainda não h� nada. não h� problema nenhum com a gripe das aves. Portanto, o Governo devia dar tempo para que n�s nos orient�ssemos, antes de ter proibido a venda. Foram preju�zos para muita gente", acrescentou Alfredo Salgueiro, enquanto Jos� Lu�s responsabilizava pela situa��o alegados "lobbies" que não especificava. O levantamento da interdi��o � venda de aves no mercado de Alcoba�a foi decidido na semana passada, em reuni�o entre a Federa��o dos Agricultores do Distrito de Leiria e os serviços da autarquia, tendo ficado acordado o cumprimento integral, por parte dos vendedores, das normas emanadas da Direc��o-Geral de Veterin�ria. O mesmo aconteceu j� na generalidade dos concelhos do distrito de Leiria, onde apenas continua interditada a venda na denominada zona de risco, na regi�o litoral entre a Nazar� e Peniche. Cumprindo directivas comunitárias, a Direc��o Geral de Veterin�ria estabeleceu que os mercados de venda de aves, para serem autorizados, t�m de cumprir um conjunto de condi��es, sujeitas a avalia��o do m�dico veterin�rio municipal. Entre estas condi��es está a limpeza dos locais de venda de quaisquer vestágios de aves e a manuten��o dos animais em jaulas ou caixas, que não podem tocar no solo. Tem ainda de ficar garantido que não h� venda simult�nea de galinhas, patos, gansos ou cisnes, aves ex�ticas e pombos ou rolas. Os comerciantes e vendedores t�m de ser previamente registados pelas c�maras municipais ou juntas de freguesia dos locais em que se realizam os mercados e os serviços municipais t�m de assegurar na área as condi��es da venda e limpeza ap�s o mercado.
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