O governo alemão anunciou hoje um acordo para evitar o corte anunciado dos subsídios relativos aos combustíveis para veículos agrícolas, mas a decisão é considerada insuficiente pelos agricultores, que marcaram novo protesto no dia 15 em Berlim.
A coligação governamental chegou a acordo e abandonou a intenção, anunciada em dezembro passado, de eliminar de uma só vez um benefício fiscal do gasóleo agrícola, “para dar tempo às empresas interessadas em se adaptar”.
Em comunicado, o governo explica que “ao contrário do que estava planeado, mantém-se a vantagem em termos de imposto sobre os veículos destinados à silvicultura e à agricultura”.
“Em 2024, a taxa de isenção será reduzida em 40%. Em 2025 e 2026, ocorrerá uma nova redução de 30%, pelo que o consumo em 2026 deixará de ser subsidiado”, especificou o governo.
A decisão de hoje foi considerada insuficiente pela Federação Alemã de Agricultores, que organizou uma manifestação de agricultores em dezembro passado e agendou para o dia 15 um novo protesto nas ruas de Berlim.
“A nossa posição permanece inalterada: Os dois cortes propostos devem desaparecer”, afirmou o presidente daquela organização, Joachim Rukwied, citado pela agência France-Presse.
O governo alemão tinha anunciado em 2023 o corte daqueles subsídios, à luz de uma revisão orçamental para 2024, depois de o Tribunal Constitucional ter chumbado 60 mil milhões de euros em dotações orçamentais.