Produtores da maçã de Alcobaça e da pera-rocha certificadas denunciam aumento exponencial dos custos de produção. Preços podem vir a subir e a qualidade da próxima campanha pode ficar comprometida.
Cerca de 10 a 15 toneladas de maçã de Alcobaça, certificada com o selo Indicação Geográfica Protegida (IGP), saem todos os dias em camiões da Campotec. Daquela organização de produtores, situada na freguesia da Silveira, Torres Vedras, vão para as grandes superfícies e pontos de venda depois de terem sido pesadas, triadas, lavadas e embaladas.
Ao produtor, cada maçã fica em 15 a 20 cêntimos. Depois desse processo, fica no dobro do valor, mas, até chegar às mãos dos consumidores, o seu valor é duplicado com os custos da distribuição. Ou seja, feitas as contas, uma maçã de Alcobaça fica, no mínimo em 60 cêntimos.
Ficava, porque estes números são os de há seis meses. Atualmente, os custos são outros, explica à Renascença o presidente da direção da Associação Nacional da Maçã de Alcobaça, Jorge Soares.
Eletricidade aumentou 400%
Segundo Jorge Soares, nos últimos seis meses, “a eletricidade, para quem está no mercado livre e para quem não tem contratos de longa duração, aumentou cerca de 400%”.
Outro custo que aumentou significativamente foi o das embalagens. “Uma embalagem individual de plástico aumentou cerca de 35%”, lamenta o produtor.
Também “as embalagens de cartão aumentaram cerca de 45 a 50%”.
Este custo vem juntar-se ao dos combustíveis. “De 2020 para 2021”, salientou Jorge Soares, “o gasóleo subiu 5%, mas de 2021 para março de 2022, subiu 44%“, ou seja, “em dois […]