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– 06-07-2002 |
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Florestas : Excesso de eucalipto deve-se a grande capacidade de cortadoresLisboa, 05 Jul Lu�s Costa Leal refutava assim acusa��es veiculadas na quinta-feira pela Associa��o Nacional das Empresas Florestais, Agr�colas e do Ambiente (Anefa), segundo as quais, o excesso de oferta de madeira de eucalipto, que estava a criar dificuldades nas empresas suas associadas, devia-se a erros de previsão e �s importa��es da ind�stria. Para o respons�vel da Celpa, os cortadores de �rvores e "intermedi�rios" que muitas vezes compram a madeira aos produtores e a vendem aos industriais, investiram muito em maquinaria, aproveitando os apoios comunitários e, por isso, querem rentabiliz�-la convencendo os propriet�rios a cortar, mas t�m dificuldade em vender o eucalipto. Segundo o secret�rio-geral da Anefa, Paulo Castro, teria havido um erro de c�lculo na realiza��o do invent�rio das florestas, iniciativa da responsabilidade da direc��o-geral das Florestas (DGF) com a colabora��o da Celpa, subavaliando a produ��o. Por outro lado, a ind�stria papeleira foi acusada de estar a importar matéria-prima mais cara que a produzida em Portugal, deixando os eucaliptos nacionais, j� cortados, sem comprador. O director-geral da Celpa diz-se "surpreendido e revoltado" com estas declarações, até porque "as rela��es entre as duas associa��es sempre foram muito pr�ximas". E explica uma situa��o complicada que integra várias vertentes. Come�a por salientar não ter raz�es para pensar que h� qualquer erro no invent�rio das florestas, sem ser "o normal erro de amostragem que existe sempre". Pelo contrário, o resultado do invent�rio da DGF "está muito próximo do invent�rio realizado pela Celpa, mais uma raz�o para concluir que os dados estáo certos" . Por outro lado, "� incorrecto relacionar o invent�rio", que informa basicamente acerca das áreas de floresta e suas caracterásticas, como a classe/qualidade e a idade, com a produ��o ou a estimativa de oferta. E a Anefa "refere um erro de invent�rio, mas não diz qual o erro", acrescenta Lu�s Costa Leal. Quanto �s importa��es, que não ultrapassam 10 por cento do total das aquisi��es de eucalipto da ind�stria, o director-geral da Celpa confirma que os pre�os são ligeiramente mais elevados que os praticados no mercado nacional. Mas, a ind�stria tem compromissos contratuais com países terceiros, como o Brasil, que implicam o abastecimento de madeira. "Os contratos são plurianuais", explica, avan�ando o exemplo de uma empresa cujo contrato está no fim. Mas, tem, no país de origem, madeira j� cortada e pronta a ser transportada, pela qual j� pagou. A situa��o actual de excesso de oferta tem uma hist�ria. Lu�s Costa Leal conta que no final dos anos 80 foi necess�rio recorrer �s importa��es para fazer face � falta de matéria-prima nacional, principalmente para permitir a reposi��o florestal. � que com a procura a ser maior que a oferta, os produtores tendiam a cortar as �rvores antes de terem atingido a idade em que dariam uma rentabilidade m�xima. "Os industriais preferiram apostar em ter uma garantia de abastecimento no futuro" e ir buscar o eucalipto ao estrangeiro, referiu. E iniciaram-se as importa��es que chegaram a atingir um milh�o de metros c�bicos s�lidos de eucalipto sem casca por ano. Esta quantidade tem vindo a decrescer e em 2001 ficou nos 303 mil metros c�bicos. A ind�stria de papel adquiriu no ano passado 4,755 milhões de metros c�bicos, 1,041 milhões dos quais origin�rios de matas pr�prias das empresas industriais.
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