O protesto contra a política agrícola do executivo de António Costa marca o arranque de um certame centenário que todos os anos leva milhares de pessoas ao Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, e que desta vez, se realiza de 3 a 11 de junho.
O ovo foi escolhido como o tema central da edição deste ano da Feira Nacional da Agricultura (FNA), mas nenhum membro do Governo foi convidado até para ver os oito ovos estrelados gigantes, instalados no átrio de acesso ao recinto, que dão corpo à “Eggcident”, instalação de autoria de Henk Hofstra. A exposição do artista plástico holandês já esteve patente em cidades como Roterdão, São Petersburgo, Nova Iorque, Santiago do Chile ou Wuhan, numa simbologia ao efeito das alterações climáticas e à problemática da seca, “tão relevante para a atividade agrícola”.
Mas é a ausência de convites a visitas oficiais ao certame que marca a edição deste ano, em mais um protesto contra as políticas para o setor.
Na sessão de apresentação do evento, Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e administrador do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA) afirmou que a FNA será inaugurada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mas que, “a exemplo do que tem acontecido noutras iniciativas organizadas pela CAP, não foi convidado nenhum membro do Governo, em mais uma forma de dizer que o setor está descontente com a atuação” do executivo liderado pelo socialista António Costa.”
Quanto à temática escolhia para ilustrar a edição deste ano, salienta que a escolha do ovo foi feita como símbolo dos superalimentos que estão a mudar o mundo.
“O tema foi escolhido porque as pessoas preocupam-se com a alimentação, preocupam-se com o seu estilo de […]