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– 30-11-2006 |
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FAO: Pecu�ria amea�a o ambiente; � necess�rio encontrar solu��es urgentesO que produz mais emissões de gases com efeito de estufa?, criar vacas ou conduzir autom�veis?. A resposta pode ser uma surpresa para muitos: Segundo um recente relatério da Organiza��o das Na��es Unidas para a Agricultura e a Alimenta��o (FAO), o sector pecu�rio gera mais gases com efeito de estufa � 18 por cento, medidos em equivalente de di�xido de carbono (CO2) – que o sector dos transportes. Também � uma das principais causas da degrada��o do solo e dos recursos h�dricos. �O gado � um dos principais respons�veis dos graves problemas ambientais de hoje. � precisa uma ac��o urgente para fazer frente a esta situa��o�, assegura Henning Steinfeld, Chefe da Subdirec��o de Informação Pecu�ria e de análise e Pol�tica do Sector da FAO, e um dos autores do estudo. Como sinal de prosperidade, em cada ano a humanidade consome m�s carne e produtos l�cteos. está previsto que a produ��o mundial de carne se duplique desde os 229 milhões de toneladas em 1999/2001 a 465 milhões de toneladas em 2050, enquanto que a produ��o de leite aumentar� nesse período de 580 para 1 043 milhões de toneladas. Um pre�o elevadoO sector pecu�rio � o que tem o crescimento m�s r�pido no mundo em compara��o com ouros sectores agr�colas. � o meio de subsist�ncia para 1 300 milhões de pessoas e suporta 40 por cento da produ��o agr�cola mundial. Para muitos camponeses pobres nos países em vias de desenvolvimento, o gado � Também uma fonte de energia como for�a de trabalho e uma fonte essencial de fertilizante orgúnico para as colheitas. Este r�pido desenvolvimento tem um pre�o elevado para o meio ambiente, segundo o relatério da FAO. �O custo ambiental por cada unidade de produ��o pecu�ria tem reduzir-se para metade, para impedir que a situa��o se agrave�, adverte o documento. Se se incluem as emissões pelo uso da terra e pelas altera��es ao uso da terra, o sector pecu�rio � respons�vel por 9 por cento do CO2 procedente da actividades humana, mas produz uma percentagem muito mais elevada dos gases com efeito de estufa mais prejudiciais. Gera 65 por cento do oxido nitroso de origem humana, que tem 296 vezes mais Potencial de Aquecimento Global (GWP, sigla em ingl�s) do que o CO2. A maior parte deste g�s prov�m do estrume. � Também respons�vel por 37 por cento de todo o metano produzido pela actividade humana (23 vezes mais prejudicial que o CO2), que se origina em grande no sistema digestivo dos ruminantes, e por 64 por cento do amon�aco, que contribui de forma significativa para a chuva �cida. O relatério da FAO explica que a pecu�ria utiliza hoje em dia cerca de 30 por cento da superf�cie terrestre do planeta, que na sua maior parte são pastagens, mas que ocupa Também cerca 33 por cento de toda a superf�cie cultiv�vel, destinada a produzir forragem. A desflorestação para criar pastos � uma das principais causas da desflorestação, em especial na Am�rica Latina, onde por exemplo 70 por cento das florestas que desapareceram no Amazonas passaram a ser utilizadas como pastagens. Terra e �guaOs rebanhos provocam Também danos no solo em grande escala, com cerca de 20 por cento das pastagens degradadas devido ao sobrepastoreio, a compacta��o e a erosão. Este valor � ainda maior nas terras �ridas, em que pol�ticas err�neas e uma gestáo pecu�ria inadequada contribuirão para o avanão da desertifica��o. A actividade pecu�ria figura entre os sectores mais prejudiciais para os cada vez mais escassos recursos h�dricos, contribuindo entre outros aspectos para a contamina��o da �gua, a eutrofiza��o (prolifera��o de biomassa vegetal devido � excessiva presença de nutrientes) e a destrui��o dos recifes de coral. Os principais agentes contaminantes são os dejectos animais, os antibi�ticos e as hormonas, os produtos qu�micos utilizados para curtir as peles, os fertilizantes e pesticidas que se usam nas culturas forrageiras. O sobrepastoreio afecta o ciclo da �gua, e impede que se renovem os recursos h�dricos tanto de superf�cie como subterr�neos. A produ��o de forragem obriga a desviar importantes quantidades de �gua. Considera-se que a pecu�ria � a principal fonte terrestre de contamina��o de f�sforo e nitratos no Mar do Sul da China, contribuindo para a perca de biodiversidade nos ecossistemas marinhos. Os animais para a produ��o de carne e leite constituem j� 20 por cento de toda a biomassa animal terrestre. A presença de gado em grandes extens�es de terra e a procura de culturas forrageiras Também contribuem para a perca de biodiversidade. Na lista de 24 tipos de ecossistemas importantes, os estudos indicam que h� 15 que se encontram amea�ados por esta causa. Solu��esO relatério, que foi produzido com a ajuda da Iniciativa para Pecu�ria, Meio ambiente e Desenvolvimento (LEAD, sigla em ingl�s), prop�e de forma clara que se tenham em considera��o estes elevados custos ambientais e sugere uma s�rie de medias para alterar a situa��o, entre elas: Degrada��o do solo – Controlar os acessos e eliminar os obst�culos � mobilidade nas pastagens comunais. Utilizar m�todos de conserva��o do solo e a silvopastor�cia, com a exclusão controlada do gado em áreas delicadas e o pagamento por serviços ambientais no uso do solo para o gado para limitar a sua degrada��o. Atmosfera e clima – Incrementar a efici�ncia da produ��o pecu�ria e da agricultura forrageira. Melhorar a dieta dos animais para reduzir a fermenta��o intestinal e as consequentes emissões de metano. Instalar equipamentos de produ��o de biog�s para reciclar o estrume. �gua – Melhorar a efic�cia dos sistemas de regadio. Fazer pagar o custo total da �gua e introduzir impostos para desincentivar a concentra��o da industria pecu�ria em grande escala junto �s cidades. Estas questáes centram os debates numa reuni�o que organiza a FAO esta semana em Bangkok, que dever� marcar as linhas de orienta��o para a industria pecu�ria a nível. mundial. O encontro servirá Também para debater os riscos para a Saúde pública relacionados com o r�pido crescimento do sector pecu�rio, j� que as doen�as animais afectam de forma crescente os seres humanos. Outro risco potencial deste crescimento veloz � o de deixar de fora do mercado os pequenos campesinos.
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