Os estrangeiros encheram mais o copo com vinho português no ano passado. Segundo um estudo da Informa D&B divulgado esta terça-feira, 5 de fevereiro, as exportações de vinho nacional atingiram os 806 milhões de euros em 2018, renovando o recorde que tinha sido alcançado em 2017. O principal produto exportado continua a ser o vinho do Porto e o maior destino é a União Europeia.
“Cerca de 43% das exportações totais em valor correspondem a vinho licoroso, nomeadamente o vinho do Porto”, assinala a Informa D&B em comunicado. Quanto aos países de destino, dentro da União Europeia, os principais mercados continuam a ser França e Reino Unido. Fora da UE, o destaque vai para os EUA, Brasil, Canadá e Angola.
De acordo com os dados compilados pelo Eurostat relativos a 2017, Portugal é o quinto país da União Europeia que mais vinho exporta. Apenas Espanha, França, Itália e Alemanha registam um maior volume de exportações de vinho.
A subida das exportações de 778 milhões de euros em 2017, segundo os dados do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), para 806 milhões de euros em 2018 contribuiu de forma positiva para o saldo. O excedente comercial passou de 643 milhões de euros para 648 milhões de euros, apesar das importações terem crescido 15% para 158 milhões de euros.
Mais empresas e mais trabalhadores
Os números da Informa D&B indicam também um aumento no número de empresas e de trabalhadores no setor vinícola, segundo os dados de 2017. Nesse ano havia 1.346 empresas com atividade relacionada com vinho em Portugal, mais 3,9% do que em 2016. Já o número de trabalhadores aproximou-se dos 10 mil ao registar um aumento de 4,1% face ao ano anterior.
“Os operadores mais pequenos predominam no setor, situando-se o número médio de empregados por empresa em sete pessoas”, detalha a Informa D&B, referindo que “só 26 empresas têm um quadro de pessoal acima de 50 trabalhadores e unicamente duas empregam mais de 400 pessoas”.
Quanto a regiões, o Douro/Norte continua a dominar a distribuição geográfica das empresas ao captar 42% do total. Tal reflete-se no volume de produção, do qual 21,5% foi gerado nessa região. Segue-se Lisboa com 18% e o Minho e o Alentejo com 14% cada.