O fabricante europeu de aeronaves reagiu este sábado à decisão dos Estados Unidos de aumentar em 15% os impostos alfandegários sobre as aeronaves importadas da Europa e “lamenta profundamente” que esta tenha sido a decisão do Governo norte-americano.
Para a Airbus, esta decisão “cria mais instabilidade para as companhias aéreas norte-americanas, que já sofrem com a falta de aeronaves”, nomeadamente após a proibição dos voos com o avião 737 MAX, do seu concorrente Boeing.
“Tomámos nota do anúncio dos Estados Unidos”, disse uma porta-voz do ministério da Economia alemão, contactada pela agência de notícias AFP.
“A nossa posição básica é clara: rejeitamos qualquer aumento unilateral nos impostos alfandegários, que são prejudiciais a todos, inclusive aos Estados Unidos”, declarou a porta-voz.
Os ministros europeus, que têm várias reuniões agendadas para segunda-feira em Bruxelas, podem aproveitar a oportunidade para expressar uma posição comum sobre o assunto.
Desde outubro, em retaliação aos subsídios fornecidos ao fabricante europeu de aeronaves Airbus, o Governo dos Estados Unidos impôs tarifas punitivas de 7,5 mil milhões de dólares (6,8 mil milhões de euros) por ano a produtos importados da Europa (incluindo vinho, queijo, café e azeitonas) entre 10% (aeronáutica) e 25% (agricultura).