Uma investigação da BIOPOLIS-CIBIO, com recurso a técnicas de ADN ambiental (eDNA), confirma como adequado o trabalho desenvolvido pelas nossas equipas e evidencia o contributo do mesmo para a manutenção de generoso nível de biodiversidade na área protegida.
Um estudo realizado pela BIOPOLIS-CIBIO, para o ICNF (I.P.) , vem certificar a gestão e ordenamento dos recursos aquícolas da sub-bacia do rio Olo implementados pelas nossas equipas. Mais em concreto, na atualidade, sobretudo na área do Parque Natural do Alvão, identificou-se a estabilização de um generoso nível de biodiversidade no levantamento realizado.
Algumas das comunidades aquáticas e ribeirinhas, distribuídas na rede hidrográfica parecem bem mais presentes do que há mais de uma década e meia de ordenamento e gestão. A investigação atribui ainda esse sucesso, às ações de conservação nelas desenvolvidas pelo Instituto, na Zona de Pesca Reservada (ZPR) do rio.
A robustez das conclusões assenta em resultados obtidos com técnicas baseadas em ADN ambiental (eDNA). E os resultados obtidos nesta iniciativa integrada no projeto HABIALVÃO, apoiado pelo POSEUR-03-2215-FC-000148, serão tidos como referência para futuras ações de monitorização.
As amostragens consistiram na recolha e filtração de ADN ambiental (eDNA) da água do rio Olo em 10 pontos. Seis selecionados em zonas previamente intervencionadas com ações de reabilitação: melhoria da qualidade dos habitats aquáticos e ribeirinhos – POSEUR-03-2215-FC-000148 HABIALVÃO. E outros quatro, zonas de controlo, que não sofreram qualquer intervenção.
A metodologia científica adotada mostra que as tecnologias de eDNA podem já ser usadas, na deteção da diversidade e caracterização de comunidades de organismos aquáticos e terrestres que ocorrem em áreas confinantes. Acaba ainda por corroborar muitos dos resultados, desde 2008 verificados em monitorizações realizadas para a constituição e elaboração dos planos de gestão da pesca lúdico-desportiva na ZPR do rio Olo – implementada ao longo 17 anos pelo ICNF.
De acordo com o estudo, as comunidades de vertebrados parecem ser mais sensíveis às ações de restauro dos habitat aquáticos e ribeirinhos e áreas confinantes. E no caso dos invertebrados, aparentemente mais resilientes, apresentam uma estrutura mais associada à produtividade do sistema.
O artigo foi publicado originalmente em ICNF.