O artigo divulgado aqui é parte integrante da última edição da Revista Espaço Rural da CONFAGRI.
Excerto do artigo.
A Revista Espaço Rural realizou uma entrevista com o Presidente da FENCAÇA, Jacinto Amaro, ao longo da qual foram abordados aspetos importantes como os principais constrangimentos à atividade cinegética, os efeitos na mesma da atual situação pandémica, o papel das organizações sectoriais da caça, as propostas da FENCAÇA para melhorar a dinâmica do sector e potenciar as sinergias entre a atividade cinegética e a agricultura, entre outros.
1. Quais os principais constrangimentos com que se confronta a atividade cinegética no nosso país?
Neste momento, a atividade cinegética como todas as atividades ligadas ao Mundo Rural, são o alvo preferencial dos movimentos urbanos, e a caça, a pesca, a tauromaquia, as chamadas atividades tradicionais de paixão têm sido as mais atacadas. A diminuição do número de caçadores resulta do elevado conjunto burocrático
que as sucessivas alterações legislativas da Lei das Armas e do aumento dos custos associados, o que tem levado a que os jovens não tenham entrado para
o coletivo, bem como os que vão deixando por maior idade, com os custos das renovações e suas burocracias.
2. Em que medida a atividade cinegética foi afetada pela situação pandémica Covid-19?
Sim foi e bastante, os sucessivos estados de emergência, bem como alguma confusão à mistura, próprio de alguma falta de clarificação do ICNF. Praticamente não se caçou, nomeadamente caça maior e migratórias de inverno, apesar de termos negociado com a Direção Geral de Saúde um Guia de Boas Práticas para o Sector. No entanto, estávamos convictos que o Governo teria esse facto em consideração e isentaríamos este ano das taxas de manutenção das Zonas de Caça, o que infelizmente não veio a acontecer.
O artigo foi publicado originalmente em CONFAGRI.