O presidente da Câmara da Lousã considerou hoje “muito positivo e estimulante” o município ser apontado como um dos casos de sucesso de empreendedorismo rural, no relatório de 2024 sobre o estado das regiões e dos municípios europeus.
“É sempre positivo e muito estimulante. Temos procurado, naquela que é a nossa atuação no território, ter sempre a sustentabilidade como elemento nuclear da estratégia de desenvolvimento, nas diferentes dimensões: no que diz respeito ao ambiente e à questão florestal, no nosso património na serra da Lousã, na perspetiva da valorização e da melhor gestão ao nível do património natural”, destacou Luís Antunes.
O município da Lousã é um dos casos de sucesso de desenvolvimento sustentável e empreendedorismo rural mencionado no relatório de 2024 sobre o estado das regiões e dos municípios europeus, hoje apresentado em Bruxelas.
À margem da sessão oficial de abertura da Semana Europeia das Regiões e dos Municípios, que decorreu hoje à tarde em Bruxelas, o autarca da Lousã, nos distrito de Coimbra, salientou que são seguidas um conjunto de ações e de boas práticas no que diz respeito à preservação e valorização do património natural.
“Não estávamos de todo à espera [da Lousã ser apontada como caso de sucesso], mas é sempre bom. É uma responsabilidade acrescida para o futuro, mas também é um estímulo e um encorajamento para continuarmos a seguir o caminho, que não é fácil”, acrescentou.
Aos jornalistas, Luís Antunes esclareceu que o reconhecimento deve-se não só pela ação da Câmara Municipal, como de diferentes agentes públicos e privados que têm dado o seu contributo.
“O projeto de reconversão, que nós temos um pouco por todo o concelho, felizmente, neste momento, não é só exclusivo da serra da Lousã, mas esta menção tem a ver com aquilo que diz respeito à recuperação do edificado na serra da Lousã, nomeadamente no âmbito das Aldeias de Xisto”, disse.
Segundo o autarca, num primeiro momento, no concelho foi realizado um investimento público na criação de infraestruturas, embora atualmente o investimento seja claramente privado.
“Começou unicamente pela recuperação de coberturas e fachadas, mas que depois, em função do potencial existente, gerou novas utilizações, novos usos, novos negócios, novos serviços que ali apareceram. Hoje é um produto turístico que temos na região, no concelho em particular, mas na região que é no âmbito das Aldeias de Xisto, e foi aí que foi uma recuperação mais efetiva do edificado”, apontou.
As cinco aldeias do concelho da Lousã que fazem parte da rede das Aldeias do Xisto são o Talasnal, Casal Novo, Chiqueiro, Cerdeira e o Candal.
“Neste momento temos um projeto que está em desenvolvimento e com alguma evolução que é a recuperação da Silveira de Cima e Silveira de Baixo, outras duas aldeias que estavam no esquecimento e que de facto vão passar, a partir de 2026, a ter uma nova vida”, referiu.