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– 19-10-2011 |
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Douro: CP p�e em causa continuidade do Comboio Hist�rico
A CP amea�a com o fim do Comboio Hist�rico no Douro caso não encontre parceiros para ajudar a financiar este servi�o que, este ano, custou 150.000 euros, disse hoje � Agência Lusa fonte da empresa. Durante o ver�o, a velha locomotiva a vapor percorreu os 46 quil�metros que separam o Peso da R�gua do Tua (concelho de Carrazeda de Ansi�es), numa viagem que tem como paisagem predominante o rio Douro, as vinhas que são Patrim�nio Mundial da UNESCO e que atrai centenas de turistas a este territ�rio. Ana Portela, directora de Rela��es Institucionais e Comunica��o da CP, referiu que � a empresa que suporta a totalidade do custo desta opera��o, incluindo o investimento na prepara��o do material circulante para cada campanha. A locomotiva a vapor, dadas as suas caracterásticas, tem que ser objecto de uma interven��o de fundo todos os anos. O resultado de explora��o � negativo embora, segundo Ana Portela, tenha apresentado uma significativa melhoria em 2011 (cerca de 60.000 euros negativos), por compara��o a 2010 (cerca de 110.000 euros negativos). O que, de acordo com Ana Portela, se deve a um "enorme esfor�o que a empresa tem desenvolvido no sentido de procurar reduzir os custos associados, sem prejudicar a qualidade e atractividade do produto". Em 2011, os custos superaram os 150.000 euros e a receita registou pouco mais de 90.000 euros. Perante este cen�rio, a CP afirma que a "continuidade do produto está em causa". "Caso não exista possibilidade de o viabilizar, quer através de parcerias com instituições ligadas ao Turismo do Douro, quer através de entidades privadas, a CP não poder� continuar a suportar os preju�zos que dele decorrem", afirmou Ana Portela. A respons�vel disse que "não � poss�vel nem racional do ponto de vista da gestáo, num cen�rio de redu��o de oferta a nível. nacional de serviços de transporte �s popula��es, suportar este nível. de preju�zos num produto que não pode ser considerado como essencial � actividade da empresa, que � a de dar resposta �s necessidades de mobilidade dos cidad�os, apesar de todo o seu valor patrimonial e hist�rico". Embora reconhe�a a import�ncia deste produto, a CP referiu que, face "� aus�ncia de apoios efectivos, poder� ver-se for�ada a abandon�-lo". Em 2011, viajaram no comboio 2.270 pessoas, o que representa uma média de 206 passageiros por viagem (a capacidade total � de 250). Em 2010, viajaram 1.639 clientes, com uma média de 149 por comboio. A proced�ncia dos clientes nacionais � dominada por Lisboa e pelo Porto e os estrangeiros t�m como origens principais Inglaterra, Fran�a e Espanha. O leque de idades situa-se entre os 26 e os 65 anos, com uma distribui��o percentual quase equitativa nas várias faixas et�rias. O presidente da C�mara da R�gua, Nuno Gon�alves, lamentou que "se esteja a por em causa a continuidade" do Comboio Hist�rico, um servi�o que diz que � "diferenciado" e que d� uma "importante capacidade de atractividade e de competitividade" � regi�o. "Era importante que alguém pudesse ver aqui uma actividade com retorno. O meu desejo � que alguém possa ver a� uma forma de intensificar a actividade que o comboio tur�stico tinha na regi�o", salientou. Fonte: Lusa/CM
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