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– 22-03-2013 |
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Dia Mundial da �gua: Pouco que comemorarNa celebra��o de mais um Dia Mundial da �gua, a LPN � Liga para a Protec��o da Natureza olha com particular preocupa��o para a gestáo e perspectivas deste recurso cada vez mais escasso no Mundo e em Portugal. Enquanto pende sobre v�rios territ�rios a amea�a da desertifica��o e despovoamento, as estratégias pol�ticas apontam para a cont�nua sobre-explora��o dos recursos h�dricos, quer através de projectos de privatiza��o, quer através do modelo das barragens, quer através da proposta do regadio intensivo. Hoje, no nosso país, h� pouco que comemorar. O projecto da privatiza��o da �gua continua em plena acelera��o, constituindo j� uma realidade em v�rios concelhos do país, e tendo a maioria aprovado no Parlamento, em Janeiro passado um diploma que aprova a �subconcessão de sistemas multimunicipais de �guas e de saneamento de �guas residuais a entidades de natureza Também privada�, o que se l� como a privatiza��o anunciada para o grupo �guas de Portugal. O Governo insiste neste erro ignorando o hist�rico das privatiza��es de �gua, que � conclusivo no que diz respeito � m� gestáo, � falta de investimento e � degrada��o deste recurso essencial para o ambiente e para a sociedade. No que diz respeito ao Programa Nacional de Barragens, continuamos a assistir � destrui��o dos rios do país, dos �ltimos rios selvagens, tudo em troca de uma potencial produ��o energ�tica, não tendo em conta nem as consequ�ncias das altera��es clim�ticas, nem a Directiva Quadro da �gua . At� a produ��o energ�tica que � a todos os n�veis irris�ria � totalmente injustificada por qualquer perspectiva que não seja o fornecimento de uma renda fixa � empresa el�ctrica EDP. Os governantes até aceitam a destrui��o de rios como o Sabor ou o Tua. Em Portugal, a situa��o relativa aos projectos de irriga��o agrava-se. A Barragem do Alqueva j� recebe actualmente cerca de 40 mil toneladas de sal (NaCl) por ano, apenas de efluentes dom�sticos. Com o aumento previsto a curto prazo da energia, o custo de bombagem média de cerca de 190 metros, necess�rio no sistema previsto em Alqueva, tornar-se-� incomport�vel para o Estado, a empresa gestora – EDIA – e em especial para os agricultores se for cumprido o Anexo III da Directiva Quadro. As altera��es clim�ticas em marcha estáo h� v�rios anos a aumentar a temperatura. Com o aumento da temperatura (as previs�es de aumentos estáo entre os 1.1� e os 6,3�C até ao fim do s�culo XXI) seria necess�rio um aumento da dota��o de rega para as culturas agr�colas actualmente praticadas. A precipita��o Também diminuirá, reduzindo os caudais dos rios. De todas estas tend�ncias que j� estáo em marcha (em muitos casos acelerada), uma das consequ�ncias mais �bvias será a perda de qualidade das �guas de superf�cie, com a consequente degrada��o dos solos e das �guas a jusante. Com a quantidade de sal que j� existe na �gua, com a continuada adi��o, com o aumento das dota��es de rega e redu��o da recarga de aqu�feros nas zonas de abastecimento de �gua, a qualidade desta �gua vai degradar-se ainda mais, em especial nos anos de seca cada vez mais frequentes. Este panorama leva � conclusão da insustentabilidade de todo o projecto a curto prazo, podendo manter-se no máximo por 10 anos, o que torna espantoso o facto de os agricultores ou a EDIA continuarem a pugnar para ficarem com este crime � sua responsabilidade. A obten��o de mais-valias de curta dura��o pela transforma��o dos solos de sequeiro � a �nica justifica��o poss�vel para estas posi��es, e s� durar� no curto período antes da destrui��o dos solos e da �gua. A perspectiva de um aumento de produtividade de curto prazo e do aumento da captura das mais-valias dos solos pelos privados p�e em grave risco os solos e a �gua da regi�o e portanto a segurança alimentar, e a sustentabilidade. Neste Dia Mundial da �gua a LPN reitera o seu compromisso de defesa do ambiente, da natureza e das popula��es, a defesa da �gua, factor �mpar para as condi��es de vida do planeta e que os interesses econ�micos degradam de forma t�o irrespons�vel. Seguem em anexo as previs�es da Agência Europeia do Ambiente para as altera��es clim�ticas e as cartas do �ndice de aridez. Lisboa, 22 de Março de 2012 A Direc��o Nacional da LIGA PARA A PROTEC��O DA NATUREZA
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