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– 14-10-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Dia da Alimenta��o: Consumidores desconfiam de transgúnicos, marcas rejeitam-nosLisboa, 14 Out Ao certo, ningu�m sabe quantos nem quais estáo � venda nas grandes superf�cies, sendo certa apenas a afixação obrigatéria de rotulagem indicativa para qualquer alimento que contenha mais de 0,9 por cento de um OGM. A União Europeia autoriza actualmente a comercializa��o de diferentes variedades de alimentos contendo transgúnicos como a soja, o milho, a colza e o algod�o, que entram na composi��o de produtos t�o diversificados como as bolachas , confeitaria, snacks, cereais, refrigerantes, chocolates, margarinas ou gelados . Mas os receios dos consumidores levaram muitas marcas a assumir publicamente a não utiliza��o de OGM. � o que acontece com as marcas pr�prias do grupo Auchan (hipermercados Jumbo e supermercados P�o de A��car), Jer�nimo Martins (Pingo Doce, Feira Nova e Recheio) e Modelo Continente. Questionados pela Agência Lusa a prop�sito do Dia da Alimenta��o, que se assinala segunda-feira, respons�veis das empresas afirmaram que os seus contra tos com os fornecedores excluem a utiliza��o de ingredientes e g�neros aliment�cios que contenham ou sejam produzidos a partir de OGM. As empresas referiram ainda que no caso dos produtos de outras marcas a utiliza��o de OGM � permitida desde que a rotulagem inclua informação de que o alimento cont�m ou � produzido a partir de um transgúnico. Outras grandes multinacionais como a Nestl�, Unilever, Danone, Cadbury’ s ou Cu�tara Também anunciaram a eliminação de OGM nos seus produtos. Para Pedro Fevereiro, presidente do Centro de Informação de Biotecnologia, tudo se resume a "uma questáo comercial". "As empresas acham que se garantirem aos consumidores que os seus produtos não cont�m OGM não seráo prejudicadas em termos de vendas", salientou. No entanto, embora os consumidores europeus "tenham a percep��o de que estes alimentos são perigosos", isso não corresponde � verdade, disse o mesmo respons�vel. "A Organiza��o Mundial de Saúde diz explicitamente, em v�rios documento s, que estes alimentos não apresentam risco superior aos convencionais", frisou. Margarida Silva, da Plataforma Transgúnicos Fora do Prato, acrescentou que "são muito poucos os produtos com OGM que se encontram nos supermercados". "A partir do momento em que a rotulagem se tornou obrigatéria, as empresas come�aram a assumir uma pol�tica de exclusão de transgúnicos porque os consumidores não os querem", afirmou. Alexandra Veiga de Barros, do departamento cient�fico da Autoridade de Seguran�a Alimentar e Econ�mica, considera que o problema � "a barreira do desconhecimento". "As pessoas estáo pouco informadas. A percep��o que eu tenho � de que a s pessoas nem sabem o que são os transgúnicos. além disso, não h� muito o h�bito de ler os r�tulos", referiu esta especialista. Um inqu�rito do Instituto de Ci�ncias Sociais sobre os portugueses e o ambiente, datado de 2001, mostrava que a esmagadora maioria das pessoas se posiciona de uma forma bastante cautelosa quanto aos alimentos com OGM. Cerca de um teráo referia que antes de se generalizar os OGM � alimenta��o humana devia haver mais garantias de que eles não são prejudiciais para a Saúde (32,9 por cento). Um quinto era radicalmente desfavor�vel � comercializa��o dos OGM, referindo mesmo que eles devem ser banidos do mercado (20 por cento) e 16,3 por cento dos inquiridos defendiam que os organismos geneticamente modificados podem ser comercializados desde que devidamente rotulados. Havia Também valores significativos de "não sabe/não responde" (29,4 por cento), a segunda resposta mais dada em rela��o a esta matéria, o que evidencia, segundo os investigadores, a desinformação e desconhecimento sobre a aplica��o da biotecnologia � produ��o alimentar. Para Alexandra Veiga de Barros, os receios são injustificados. "H� poucos alimentos t�o avaliados como os OGM. Cada variedade que � autorizada na União Europeia � sujeita a uma avalia��o de risco muito rigorosa", explicou. A respons�vel da ASAE defende mesmo que os alimentos contendo OGM t�m algumas vantagens sobre os convencionais. Actualmente, essas vantagens são sobretudo dirigidas para os agricultores porque permitem obter plantas mais resistentes a herbicidas e pragas de insectos e melhorar o rendimento da produ��o. Mas os benef�cios tendem a alargar-se cada vez mais aos pr�prios consumidores. � o caso do "arroz dourado" com maior conte�do de pr�-vitamina A que poder� contribuir para combater a cegueira nos países em vias de desenvolvimento dependentes deste tipo de alimento, dos tomates com maior conte�do vitamúnico ou dos amendoins com menor probabilidade de provocar alergias (alergenecidade).
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