Onda de calor recorde na Europa será a norma em 2035, segundo análise
Londres (CNN) A onda de calor recorde que varreu a Europa este ano tornar-se-á o verão “médio” até 2035, mesmo que todos os países reduzam as suas emissões de gases com efeito de estufa em tanto quanto se comprometeram, de acordo com uma análise publicada quinta-feira.
A análise do Centro Hadley do Gabinete de Meteorologia do Reino Unido, encomendada pelo Grupo Consultivo para a Crise Climática (CCAG) do país, analisou a rapidez com que as temperaturas estão a mudar em toda a região, utilizando registos históricos de temperaturas médias de verão desde 1850 e comparando-as com as previsões-modelo.
Tendo uma visão a longo prazo, a análise concluiu que um verão médio na Europa Central em 2100 seria de 4 graus Celsius (7,2 graus Fahrenheit) mais quente do que na era pré-industrial. Os cientistas dizem agora que todas as ondas de calor têm as impressões digitais das alterações climáticas induzidas pelo homem, causadas principalmente pela queima de combustíveis fósseis.
“Estes dados servem como uma urgente lembrança da necessidade de os países irem muito além das suas contribuições determinadas a nível nacional até agora prometidas no âmbito do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global a menos de 1,5º C, se possível”, refere a CCAG no comunicado.
Contribuições determinadas a nível nacional estabelecem as reduções planeadas de emissões de cada país para alcançar o objetivo do Acordo de Paris de 2015 de limitar o aquecimento global a […]