|
|
|
|
– 22-02-2013 |
[ �cran anterior ] [ Outras notícias ] [ Arquivo ] [ Imprensa ] |
Crise p�e agricultura ‘na moda’
O cultivo de pequenos frutos está �na moda� em Portugal, com a crise a disponibilizar a m�o-de-obra que faltava para a colheita e a fazer da agricultura um projecto de vida alternativo para muitos jovens desempregados. �Os pequenos frutos j� existem em Portugal h� 20 anos, mas, como são uma actividade que incorpora muita m�o-de-obra, sobretudo na colheita, antes da crise não eram muito apetec�veis, porque não havia pessoas desempregadas com necessidade de trabalhar na colheita�, afirmou o engenheiro agr�nomo Jos� Martino em entrevista � agência Lusa. A esta �oportunidade� criada pela crise, que disponibilizou m�o-de-obra disponível. em fartura para responder �s solicita��es da colheita, juntou-se uma outra: a percep��o, por parte dos muitos jovens sem emprego, de que a agricultura �� uma alternativa de trabalho e de projecto de vida�. Segundo Jos� Martino, as �aliciantes� ajudas do Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR) fizeram o resto, facilitando bastante o �empreendedorismo na agricultura�. Entre as plantações preferidas pelos jovens agricultores, desde logo assumiram lugar de destaque os pequenos frutos � kiwis, mirtilos, morangos, amoras, framboesas e groselhas � seguidos das plantas medicinais e arom�ticas e dos cogumelos. No caso dos pequenos frutos, o engenheiro agr�nomo destaca o facto de poderem ser �rentabilizados com áreas muito pequenas, o que se adapta quer � estrutura do minif�ndio, quer ao valor do investimento� dominantes no país. Segundo avanãou � Lusa, o investimento num hectare de pequenos frutos pode custar entre 75 e 100 mil euros, incluindo plantações e infra-estruturas e melhoramentos fundi�rios, sendo as ajudas públicas dispon�veis �muito interessantes�: No caso dos jovens agricultores (até 40 anos) e de um investimento até 75 mil euros, os apoios são de 100% numa regi�o desfavorecida e de 90% nas regi�es favorecidas. Neste contexto, Jos� Martino diz estarem actualmente a lan�ar-se na agricultura em Portugal �280 jovens por m�s�, a �grande maioria� dos quais na área dos pequenos frutos. De acordo com o engenheiro agr�nomo, Portugal tem, na cultura destes frutos, �uma vantagem competitiva muito forte�, designadamente no Algarve e no sudoeste alentejano: devido ao clima, consegue-se aqui �uma precocidade na produ��o que cria uma mais-valia no mercado, pois, dependendo das especies, podem produzir durante o inverno ou a primavera, sem ser necess�rio aquecer como acontece na maioria da Europa�, explica. Apesar de a actual produ��o de pequenos frutos em Portugal ser ainda modesta, o engenheiro agr�nomo nota que tem j� algum significado em valor, devido ao pre�o elevado praticado ao consumidor. Vendidos em cuvetes de 125 gramas, cujo pre�o varia entre os dois e os quatro euros, os pequenos frutos permitem um valor por quilo �relativamente elevado, entre os 16 e os 32 euros�. �Mesmo tirando a margem do supermercado e do grossista, d� sempre um pre�o � produ��o entre os quatro e os oito euros e este � que � o aliciante do neg�cio�, sustentou Jos� Martino. Outra �grande vantagem� do neg�cio dos pequenos frutos � estarem �em linha com o novo posicionamento dos consumidores na alimenta��o�: são frutos muito ricos em antioxidantes, pelo que podem ser consumidos em quantidade com benef�cios para a Saúde. Adicionalmente, t�m grande procura por parte de mercados �com grande poder de compra�, sendo a quase totalidade da produ��o nacional exportada para os países do norte e centro da Europa. O circuito habitual, explicou, � a venda para a Holanda, B�lgica e Alemanha, de onde depois se dissemina para os países n�rdicos. Actualmente, os dados do Gabinete de Planeamento e Pol�tica do Ministério da Agricultura apontam que a fileira nacional dos pequenos frutos representa mais de 36 milhões de euros de exporta��es, mas o engenheiro agr�nomo antecipa que, �nos próximos cinco anos, vai ultrapassar os 50 milhões de euros e, dentro de 10 anos, aproximar-se muito do valor das exporta��es de azeite, cerca de 215 milhões de euros�. �E � uma previsão relativamente contida, porque neste momento, com a motiva��o que h� para plantar e pelo n�mero de projectos, previsivelmente será muito superior�, sustentou. Fonte: Lusa
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2012. Todos os direitos reservados. |