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– 14-07-2012 |
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Corti�a: Amorim recebe garrafa de champanhe que esteve 200 anos no mar B�ltico
O governo da regi�o aut�noma finlandesa de Aland cedeu � Corticeira Amorim, a t�tulo vital�cio, uma das garrafas de champanhe que esteve perdida no mar B�ltico durante cerca de 200 anos, na sequ�ncia de um naufr�gio de um veleiro. Estas garrafas foram depois recuperadas e vendidas a 30.000 euros cada. O recipiente em questáo integrava o lote de 168 garrafas de champanhe e cerveja que, em Julho de 2010, foram descobertas a 50 metros de profundidade no interior de uma escuna — tipo de veleiro – naufragada a sul do arquip�lago de Aland e que seriam depois resgatadas com o apoio t�cnico da corticeira portuguesa – cuja interven��o foi recomendada pela Veuve Clicquot, uma das marcas de champanhe inclu�das no carregamento, juntamente com a Juglar e a Heidsieck. Para Carlos de Jesus, director de Marketing e Comunica��o da Amorim, o gesto do governo de Aland "� o reconhecimento do ‘know-how’ da empresa" e a garrafa em si mesma � "hist�ria l�quida, em �ptimo estado de conserva��o", na medida em que os ind�cios recolhidos no naufr�gio apontam no sentido de esses recipientes terem sido fabricados entre 1800 e 1830. "Estamos a falar de garrafas de champanhe que são das mais antigas do mundo", real�a o respons�vel da corticeira. "E não � s� o objecto de vidro que � um achado, porque os especialistas j� validaram o estado de conserva��o e a qualidade do pr�prio champanhe – para o que terá contribu�do, obviamente, a sua preserva��o em condi��es quase ideais de pressão, baixa temperatura e pouca luminosidade". As provas sensoriais fizeram-se com o conte�do de um n�mero restrito de garrafas, sendo que � uma dessas a que agora está entregue, vazia, aos cuidados da Amorim. "� um privil�gio enorme, terem-no cedido este exemplar, considerando que puseram as garrafas � venda a 30.000 euros cada e devolveram algumas ao mar B�ltico, enterrando-as numa localiza��o que não foi divulgada", declara Carlos de Jesus. "Esta vai continuar a ser uma hist�ria cheia de segredos", acrescenta o respons�vel da corticeira, que j� desenvolveu uma teoria pessoal sobre a garrafeira da escuna naufragada: "Se, hoje, o champanhe � um produto acess�vel mas, no caso destas marcas, ainda � considerado um produto de luxo, h� 200 anos atr�s este lote de garrafas constitu�a uma carga ainda mais valiosa, precios�ssima, pelo que o mais prov�vel � que se dirigisse a um destinatério com elevado poder de compra, eventualmente o czar da Rússia". Certo � que os recipientes descobertos no B�ltico estavam selados por rolhas de corti�a e que, quando a primeira garrafa chegou � superf�cie, a mudan�a de pressão atmosf�rica levou o vedante a deslizar automaticamente até se libertar do vidro. "Houve ent�o a necessidade de substituir todas as rolhas das garrafas", explica o director de Marketing da Amorim, "mas ningu�m sabia em que condi��es estava a corti�a original, qual a dimensão do ‘bottle neck’ [gargalo] ou se o vidro conseguiria resistir ao arrolhamento – j� para não referir uma s�rie de outras coisas que podiam correr mal". A primeira medida adoptada foi a produ��o individual de 168 rolhas que, ao contrário do que � pr�tica na actualidade, foram fabricadas numa �nica qualidade de corti�a, para a rigorosa reprodu��o das condi��es do engarrafamento original. A Amorim disponibilizou depois aos t�cnicos respons�veis pela substitui��o desses vedantes uma arrolhadora de prensa manual port�til, com a qual a opera��o foi concretizada "em pleno alto mar", em condi��es que procuraram reproduzir o ambiente em que as garrafas se encontravam a 50 metros de profundidade. "Por sorte, não houve nada que corresse mal", confessa Carlos de Jesus. "T�nhamos em m�os uma tarefa cheia de inc�gnitas, adapt�mo-nos �s circunst�ncias e a corti�a portuguesa faz agora parte de uma hist�ria que irá continuar a alimentar a imagina��o de muita gente". Fonte: Lusa
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