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– 27-02-2002 |
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CNA preocupada com a situa��o actual da Agricultura e dos Agricultores Portugueses
Coimbra, 26 de Fevereiro de 2002 A Confedera��o Nacional da Agricultura – CNA, em reuni�o da sua Direc��o Nacional, decidiu :
Assim, em consequ�ncia das Reformas da PAC de 1992 e 1999 e das (ou falta delas) Pol�ticas Agr�colas Nacionais: a) Desapareceram 127.000 explora��es de 1992 até 1999, com consequ�ncias dr�sticas a nível. das explora��es de leite ( menos 32.500 explora��es s� entre 1993/94 e 1999/2000); b) Em 2001 o d�fice da Balan�a Agr�cola e Agro-Alimentar atingiu os 500 Milh�es de Contos (dois mil e quinhentos milhões de Euros) e agravou-se a depend�ncia Agro-Alimentar do nosso Pa�s em rela��o ao exterior; c) Agravaram-se as condi��es de vida dos Agricultores Portugueses, sobretudo da Agricultura Familiar, que representa 95% das explora��es. Os "dinheiros de Bruxelas" t�m uma distribui��o injusta e mesmo escandalosa, com 0,5% dos "benefici�rios do INGA" (1.424 grandes propriet�rios) a embolsarem 39% das Ajudas Directas (quarenta milhões de contos) a uma média de mais de 30.000 contos/benefici�rio/ano enquanto 200.556 Agricultores recebem, em média 64 contos/ano cada um; d) O Sector Vitivin�cola atravessa grave crise com a falta de escoamento e com "novas taxas" como o agravamento da taxa do IVA de 5 para 12% e o Imposto Especial sobre o Consumo na ordem de 30$00/litro. e) O Sector Pecu�rio está sob amea�a governamental de ver imposta mais uma taxa a t�tulo de eliminação dos res�duos no abate de animais, com reflexos na Produção e no Consumo; f) Os Produtores de Am�ndoa, em Tr�s-os-Montes não conseguem escoar o seu produto a pre�os que, pelo menos, paguem a "apanha"; g) As Quotas/Direitos de Vacas Aleitantes continuam a ser transferidos livremente no Pa�s, delapidando as Zonas/Regi�es de Montanha e Desfavorecidas; h) Os problemas de Sanidade Animal mant�m-se sem medidas oficiais de combate eficazes, enquanto que os custos recaem cada vez mais sobre o bolso dos Agricultores; i) Assiste-se � continuada concentra��o da produ��o leiteira em certas zonas do Litoral, em preju�zo dos produtores e das zonas do Interior; j) O Laboratério Interprofissional para o Sector do Leite, continua por implementar; k) Continua a penaliza��o dos produtores de leite e carne, queijarias e azeite, a pretexto de normas Ambientais e Boas Pr�ticas Agr�colas; l) Continuam os problemas na Casa do Douro e na CIRD (Comissão Interprofissional para a Regi�o do Douro), com o Governo a não cumprir os compromissos assumidos; m) As candidaturas � redu��o de contribui��es para a Seguran�a Social (destinadas � Pequena Agricultura) estáo "fechadas"; n) Apesar da intensa propaganda governamental, tudo se encaminha para que os pequenos e m�dios Agricultores fiquem de fora do acesso directo aos benef�cios do Regadio, nomeadamente no Alqueva; o) O Sector do Tomate para transforma��o atravessa uma crise, com Custos de Produção a aumentar e o pre�o � produ��o a diminuir (19$41/Kg em 1996 e 15$90 em 2001), para além da extin��o da Ajuda ao Transporte;
A nível. dos "grandes instrumentos" de apoio � Pol�tica (AGRO – AGRIS – RURIS), verificam-se:
O MADRP e o Governo engendraram um processo, dito de "medição da representatividade das organizações Agro-Rurais", com o objectivo de satisfazer os interesses hegemúnicos de determinada organiza��o com liga��es ao sector. Em consequ�ncia deste processo viciado � partida, a CNA e outras organizações – cujas vozes resultam como inc�modas para o poder pol�tico – foram colocadas em situa��o muito desfavor�vel quanto ao n�mero de representantes no CNADR (Conselho Nacional para a Agricultura e Desenvolvimento Rural) e no CCF ( Conselho Consultivo Florestal), entre outros orgãos Consultivos. � uma situa��o que a CNA contestou e contesta como atentatéria dos seus direitos, dos direitos da maioria dos Agricultores Portugueses e da pr�pria Democracia representativa. � uma situa��o que urge corrigir !
a) A imposi��o (permitida pela Regulamenta��o Comunit�ria) de MODULA��O (um pequeno desconto no volume de Ajudas Directas aos grandes benifici�rios, que permitiria refor�ar as verbas para Apoio ao Desenvolvimento Rural em 3 milhões de contos/ano segundo o Ministro e em 8 milhões pela proposta da CNA), embora j� legislada, foi adiada pelo MADRP; b) estáo a decorrer, neste momento, discuss�es e negocia��es do mais alto nível. e de maior import�ncia futura como sejam Acordos Bilaterais, a Reforma da Reforma da PAC, o Alargamento, a Organiza��o Mundial do Com�rcio e em Portugal (para além de uma "proposta" do MADRP que se salienta por DESLIGAR AS AJUDAS DA PRODU��O, � qual a CNA j� fez objec��es e apresentou alternativas) nada se sabe sobre a posi��o do Governo Portugu�s em tudo isto !!!…
Decidiu a Direc��o da CNA, questionar os Partidos Pol�ticos muito concretamente sobre: a) Defendem ou não a aplica��o obrigatéria da Modula��o e Plafonamento das Ajudas ao Sector Agr�cola e Agro-Alimentar ? b) Defendem ou não a liga��o das Ajudas � Produção e ao Investimento Produtivo ? c) estáo de acordo com a revoga��o da Legisla��o sobre a pretensa "medição da representatividade" das organizações Agro-Rurais ? d) Que tipo de medidas iráo tomar para controlar e restringir as importa��es de produtos desnecess�rios ? e) Que medidas iráo tomar para defesa da Qualidade e Seguran�a Alimentar de Portugal e dos Portugueses ? f) Que incentivos pensam implementar para apoio e promo��o da Produção Nacional/Comunit�ria e aumentar o nosso grau de auto-aprovisionamento ? g) Que medidas iráo tomar relativamente � Sanidade Animal, aos Seguros Agr�colas e � Seguran�a Social ? h) Que medidas de Pol�tica Nacional iráo tomar para garantir o escoamento da Produção Nacional a pre�os compensadores ? i) No contexto das negocia��es do Alargamento, do MERCOSUR e da OMC, que principais posi��es assumiráo em Defesa dos Direitos � Produção ( quotas, etc) e da Agricultura Familiar Portuguesa? E para garantia dos Apoios Financeiros Europeus ao nosso Pa�s ? j) No ambito da PAC, que medidas concretas tomar�o para reequilibrar as dota��es financeiras entre o FEOGA-Orienta��o e o FEOGA-Garantia? E para reequilibrar os n�veis de apoio financeiro entre as produ��es do Norte (cereais, carne, leite) e as produ��es do Sul (frutas, hort�colas, vinho, azeite)? A Direc��o Nacional da CNA
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