Governo prepara plano para proteger as encostas queimadas do rio que dá de beber à Grande Lisboa
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) já começou a fazer o levantamento dos danos causados pelo fogo nas encostas da bacia do rio Zêzere que alimenta a albufeira de Castelo de Bode, de onde é captada água para abastecer mais de três milhões de portugueses. E o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas já está a desobstruir valetas e a estabilizar solos com restos de arvoredo queimado para reduzir o risco de arrastamento de cinzas e de aluimentos de terras e de rochas para as estradas e para as bacias dos rios Zêzere e Mondego.
O Expresso apurou também que o Governo está a preparar um pacote de financiamento para que novas medidas de estabilização de solos avancem antes da época das chuvas, mesmo que estas pareçam tardar. De acordo com as previsões do IPMA não deverá chover tão cedo, mas o risco de intempéries súbitas que provoquem aluimentos de terras e contaminem com cinzas as águas dos rios Zêzere e Mondego é um problema que não pode ser descurado. […]