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– 16-07-2004 |
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CGTP contra intenção de privatizar Companhia das Lezírias promove tribuna pública Lisboa, 15 Jul Durão Barroso referiu a Companhia das Lezírias como fazendo parte da lista das empresas a ser alvo de privatização em 2004 e 2005, o que suscitou de imediato reacções desfavoráveis, dos partidos da oposição aos sindicatos. Na sexta-feira, a central sindical CGTP-IN vai juntar-se aos protestos contra a privatização e para a defesa dos direitos dos trabalhadores. Qualquer um dos partidos da oposição teme principalmente a "enorme fúria especuladora" a que fica sujeita a vasta área ocupada pela empresa, de capitais públicos, devido à sua localização, perto de Lisboa e da ponte Vasco da Gama, numa zona apetecível para a promoção imobiliária. Ao longo de cerca de 20 mil hectares, a Companhia das Lezírias integra áreas importantes e sensíveis em termos ambientais, como uma parte da Reserva Natural do Estuário do Tejo e a maior mancha contínua de montado de sobro do país. Acerca do calendário e da forma como irá decorrer o processo de privatização nada mais foi avançado desde o anúncio do ex-primeiro- ministro, e o presidente da empresa, Salter Cid, tem referido que não sabe como ou quando será concretizado, e diz concordar com a decisão desde que a Companhia se mantenha como está. Este é um dos assuntos que o ministro do Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas cessante, Armando Sevinate Pinto, (nesta matéria, em conjunto com o ministro da Finanças) deixa para o seu sucessor no governo liderado por Pedro Santana Lopes. A Companhia das Lezírias foi criada em 1836 com terrenos resultantes de amortizações de bens da Igreja e de património da nobreza depois da revolução liberal. Foi nacionalizada em 1975 e transformada em sociedade anónima de capitais maioritariamente públicos em 1989. Actualmente com cerca de 150 trabalhadores, a empresa produz principalmente arroz e cortiça, os produtos que maior valor representam no seu volume de negócios, mas também lenha, mel, milho, melão, brócolos, couve portuguesa, carne bovina, vinha e olival, conforme pode ler-se no seu site na internet. Além dos produtos mais tradicionais, os responsáveis da Companhia têm utilizado os resultados obtidos com a actividade para criar infra-estruturas que permitem o seu usufruto pela população e o desenvolvimento de técnicas de ponta na área agrícola. Como refere o site na Internet, tomate, beterraba e ervilha são alguns dos produtos alvo de uma aposta para o futuro com a afectação de cerca de 80 hectares, a que se juntam o pimento, batata ou cenoura. Mas, os projectos de diversificação da actividade não ficam pela produção e alargam-se a várias actividades lúdicas ou de enoturismo visando a aproximação das pessoas, com destaque para as crianças, permitindo o contacto com a natureza e a vida rural. Entre a oferta divulgada, contam-se as actividades equestres, organização de passeios e campos de férias, uma quinta pedagógica, restauração e uma área de 10 mil hectares destinada a caça turística. Após vários anos em que a situação financeira era negativa, a empresa voltou a apresentar resultados correntes positivos a partir de 1997. Num dos comunicados do PCP a alertar para o "atentado económico, social e ambiental que seria a privatização", é referido que no quinquénio 1996/2001 a Companhia das Lezírias registou um saldo de cinco milhões de euros e pagou quatro milhões de euros de IRC. Uma fonte da Companhia das Lezírias disse hoje à agência Lusa que os resultados do primeiro semestre são negativos, em 843 mil euros contra 1,5 milhões de euros igualmente negativos registados em igual período de 2003. No entanto, a fonte faz questão de chamar a atenção para o carácter sazonal das actividades da Companhia das Lezírias, pois os proveitos de algumas das principais actividades só se reflectem na última metade do ano. Por isso, "os resultados do primeiro semestre não são extrapoláveis para os resultados do exercício", acrescentou dando o exemplo dos proveitos da colheita do arroz e do milho, dois dos principais produtos da empresa que só serão obtidos em Outubro/Novembro. Segundo o ex-ministro da Agricultura do anterior governo socialista, Luís Capoulas Santos, uma das vozes contrárias à privatização, uma avaliação da Companhia das Lezírias feita em 1995 apontava para valores entre 150 milhões e 200 milhões de euros.
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