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– 25-02-2003 |
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"Caviar portugu�s": Mais de 50 redes ilegais capturadas no estu�rio do TejoLisboa, 24 Fev Segundo disse � agência Lusa o presidente do Instituto da Conserva��o da Natureza, Silva Costa, 52 homens come�aram �s 07:00 de hoje a recolher do estu�rio do Tejo, junto a Alhandra, as redes de pesca ilegal de enguia jovem, ou angula, como Também � conhecido. Esta actividade clandestina usa redes de malha t�o fina como um coador de leite. Todo o peixe mi�do � apanhado nestas malhas: robalos, linguados, lampreias, fanecas são impedidos de crescer e de prosseguir o seu caminho para o mar. Para travar esta pr�tica ilegal, o Ministério do Ambiente decidiu levar a cabo opera��es "surpresa", como aconteceu em Novembro, tendo sido retiradas do rio 48 redes de pesca da angula. Na altura, centenas destas redes foram detectadas na reserva natural do estu�rio do Tejo e hoje a situa��o parece não ter melhorado. "Se não estava pior, estaria próximo disso", comentou � Lusa o presidente do Instituto da Conserva��o da Natureza (ICN). Assim, durante a manh� de hoje, elementos da GNR, da Pol�cia Mar�tima, da Direc��o Regional do Ambiente de Lisboa e Vale do Tejo e do ICN conseguiram "destruir" 55 redes de apanha do meix�o. Dessas, 39 foram totalmente retiradas do rio e as outras 16 foram afundadas, de modo a não poderem vir a ser reutilizadas. A apanha da enguia � pr�tica comum nos estu�rios portugueses e � uma actividade muito lucrativa. Um quilo de "caviar portugu�s", como � conhecida a angula, pode render 300 euros (60 contos), uma verdadeira "mina de ouro" para os traficantes. E, neste caso, o crime parece compensar, j� que as coimas de contra-ordena��o não v�o muito além dos 800 euros. além do que rende (a angula capturada no estu�rio do Tejo rende cerca de 10 milhões de euros por ano), os traficantes raramente são apanhados. O presidente do ICN admitiu hoje � Lusa que "em flagrante não tem sido apanhado ningu�m", até porque quem se dedica a esta actividade tem mais meios do que o pr�prio Estado. Por isso, mesmo uma opera��o "surpresa" raramente surpreende os traficantes que costumam ter uma boa rede de "informadores". No entanto, Silva Costa afirmou j� ter sido pedido � GNR que "comece a pesquisar e a usar m�todos de investiga��o criminal". Geralmente, os traficantes de angula não são pescadores, mas antes pessoas contratadas sobretudo por espanh�is e italianos interessados em vender este "petisco", muito apreciado sobretudo em Espanha. Mas em Portugal, a angula � Também comercializada, aparecendo normalmente em enlatados. Um dos principais problemas desta apanha ilegal � a eliminação de especies em grande escala, j� que as redes de captura que são usadas capturam todas os tipos de peixe pequeno que escolhem o estu�rio como viveiro.
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