A CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal instou hoje o Governo a rever o sistema de seguros para a atividade agrícola para garantir a cobertura do capital produtivo contra fenómenos climactéricos intensos e imprevisíveis.
Num comunicado em que remete para os estragos causados pela queda intensa de chuva e granizo entre o final de maio e segunda-feira, a CAP pede ao executivo para rever as coberturas contempladas pelo Sistema de Seguros Agrícolas (SSA).
“A CAP vem reiterar a necessidade de revisão do sistema de seguros para a atividade agrícola para contemplar e garantir cobertura do capital produtivo contra fenómenos climatéricos intensos e imprevisíveis”, refere a confederação no documento, onde acrescenta que estes fenómenos, “apesar de serem cada vez mais frequentes, permanecem imprevisíveis” e “exigem que as coberturas contempladas pelo SSA sejam revistas”.
Assim, a CAP pede ao executivo que garanta “verbas que possibilitem a reposição do capital produtivo”.
“O Governo deve efetuar uma avaliação técnica e económica profunda do SSA, por forma a que o prémio que lhes está associado seja financeiramente comportável por parte dos agricultores”, defendem os agricultores.
A CAP manifesta ainda a sua solidariedade para com os agricultores da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, “em particular para os que têm as suas produções situadas nos municípios de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mêda, Murça, Sabrosa, Vila Flor e Vila Nova de Foz Côa”.
Segundo a confederação, as chuvas e granizo afetaram “cerca de 6.000 hectares de vinha, 1.000 de olival e 650 de fruticultura (maçã e pêssego) em sete concelhos da região”.