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– 12-11-2004 |
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Cadaval : Câmara pondera rejeitar construção Estaçío Tratamento de suiniculturasCadaval, 11 Nov "Já contribuímos para resolver os problemas ambientais da região Oeste com a instalaçío do aterro sanitário no concelho e agora, apesar de querermos resolver o problema da poluiçío das suiniculturas, não estamos a sentir a solidariedade dos outros municípios", disse hoje à Agência Lusa o presidente da Câmara do Cadaval. O autarca teme que a estação, inicialmente destinada a tratar dejectos dos suinicultores locais, venha no futuro a servir também outros municípios, o que seria injusto porque sobrecarregaria o concelho com este tipo de sistemas, diz Aristides Sécio. "Além do problema ambiental, trata-se também de uma questão política, porque a população já sente que está a pagar uma factura demasiado elevada com o aterro e poderá não ver com bons olhos mais um sistema deste género", frisou o autarca referindo-se aos maus cheiros provocados pelo aterro. O autarca adiantou ainda que, na próxima semana, o município tomará uma posição após uma reunião com a comissão de ambiente da Assembleia Municipal. Contudo, a indecisão da Câmara do Cadaval sobre se aceita a construção da estação de tratamento está a atrasar a organização do projecto de saneamento das suiniculturas da região Oeste. "Não podemos esperar mais pelo Cadaval", afirmou à Agência Lusa o presidente da associação de suinicultores das Caldas da Rainha. "O problema é que, se não aceitar a estação de tratamento, tem de ficar de fora do sistema, já que optar pelo transporte dos efluentes faz triplicar os custos, tornando o sistema inviável", assinalou Manuel Isacc. Os representantes dos suinicultores de Alcobaçaa (70 por cento do total) e de Caldas da Rainha (20 por cento) – o restante é produzido no Cadaval – defendem a construção de uma estação neste concelho, que faça um tratamento primário e secundário dos efluentes. Essa estação enviaria depois os efluentes por condutas até à futura estação de S. Martinho do Porto, onde seriam sujeitos a um tratamento final, até serem encaminhados para o alto mar já sem poluição. Os atrasos na organização do projecto de saneamento das suiniculturas da região Oeste estão também a preocupar a tutela, que entretanto agendou reuniões com os empresários para acelerar o processo. Na passada terça-feira, em Leiria, o secretário de Estado da Agricultura, David Geraldes, reconheceu que o Governo "está preocupado" com os atrasos do processo de saneamento das suiniculturas do Oeste. Mais concreto foi António Temes, adjunto do gabinete de David Geraldes, revelando que nos próximos dias serão agendadas "reuniões com todos os interessados" para "avaliar o problema que existe". "Têm havido alguns percalços e está na hora das decisões", afirmou António Temes, salientando que o processo de Leiria (que decorre em simultâneo com o oeste) está a cumprir os prazos, e "não pode ser prejudicado" pelos problemas existentes no Oeste. Actualmente, o concurso público internacional para a solução técnica a implementar está a decorrer em simultâneo para Leiria e para o Oeste, mas devido aos atrasos verificados no sul do distrito, o Governo admite a "separação" dos dois projectos. "Não queremos que o processo de Leiria venha a ser prejudicado", explicou o adjunto do secretário de Estado. De acordo com este responsável, os três núcleos suinícolas da região apresentam "dinâmicas diferentes" e enquanto Caldas da Rainha já formou uma empresa e já tem terrenos para instalar uma ETAR, os outros processos estão mais atrasados. Esta situação torna-se ainda mais grave porque já existem verbas para apoiar o início das obras no Oeste, mas esses fundos, pertencentes ao actual Quadro Comunitário de Apoio (QCA), "não são eternos". No Oeste, o custo total do projecto, que vai incluir unidades de produção de electricidade a partir do biogás dos efluentes, deve atingir os 35 milhões de euros, custeados em 30 por cento pelo Estado. A consolidação do projecto, em paralelo com o saneamento dos efluentes domésticos, vai permitir a despoluição da baía de São Martinho e da Lagoa de Óbidos, zonas sensíveis onde a carga orgânica destes dejectos tem causado vários prejuízos ambientais.
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