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– 03-11-2008 |
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BPN / Nacionaliza��o: Casa do Douro diz que banco foi "crucial"para retirar vinhos excedentes entre 1999 e 2001
O presidente da Casa do Douro (CD) afirmou hoje que o Banco Portugu�s de Neg�cios (BPN) teve uma actua��o "crucial" para o escoamento de vinhos excedentes entre 1999 e 2001, e que o envolvimento entre as suas instituições sempre foi baseado numa "grande transpar�ncia". O ministro das Finanças anunciou no domingo que vai propor ao Parlamento a nacionaliza��o do Banco Portugu�s de Neg�cios, que acumulou perdas no valor de 700 milhões de euros. "Se as autoridades, supervisão banc�ria e o Governo tomaram as decis�es que tomaram � porque haveria raz�es para o efeito. Isto são situa��es que estáo muito distantes do vulgar cliente e sobre as quais nos podemos pronunciar, apenas lamentar", afirmou � Lusa o presidente da CD, Manuel Ant�nio Santos. O BPN � detido pela Sociedade Lusa de Neg�cios, que possui fortes investimentos nas áreas agr�cola e vin�cola. O envolvimento entre a CD e a instituição banc�ria come�ou quando organismo duriense obteve um empr�stimo junto do BPN que permitiu retirar vinhos excedentes � produ��o. "O BPN possibilitou-nos retirar da produ��o entre 1999, 2000 e 2001 quase 40 mil pipas de vinho", salientou Manuel Ant�nio Santos. Manuel Ant�nio Santos lembrou que o neg�cio entre a CD com o BPN foi "um envolvimento crucial" para o Douro, salientando que, logo depois, a venda de vinhos desapareceu "como que por encanto". Com a reestrutura��o do sector, em 2003, a instituição fica impedida de comprar vinhos na vindima (ou de escoar excedentes, consoante a visão do com�rcio ou da produ��o). A d�vida contra�da pela CD �quele ao BPN chegou a atingir os 30 milhões de euros, rondando actualmente os 20 milhões de euros. Como garantia dos empr�stimos, a CD deu como penhor cerca de 40 mil pipas (22 milhões de litros) e a pr�pria sede. "A CD sempre deu em garantia os vinhos e algum patrim�nio e, portanto, os empr�stimos concedidos pelo BPN estáo garantidos por bens que superam bastante o valor da d�vida", sustentou. Neste momento, segundo o dirigente, o BPN ainda � detentor de quase "seis mil milhões de litros de vinho". "Os vinhos do BPN são extremamente importantes porque são os únicos que permitiráo � CD, em caso de necessidade e de aparecer quem compre, fazer lotes � volta dos 10 anos", sublinhou. O dirigente salientou que o envolvimento do BPN neg�cios com a CD "sempre foi baseado numa grande transpar�ncia, num cumprimento rigoroso das obriga��es e sempre que a CD não o pode fazer, Também � verdade que obteve da parte do BPN a maior compreensão, não perd�o". No in�cio do ano, o organismo duriense vendeu 14.500 pipas de vinhos, em tr�s neg�cios distintos, equivalentes a cerca de 27 por cento das suas exist�ncias e lhe renderam cerca de 21 milhões de euros. O maior neg�cio foi com o grupo The Fladgate Partnership, detentor das marcas Taylor’s, Croft e Fonseca, que adquiriu nove mil pipas de vinhos com cerca de 10 anos, enquanto que a empresa francesa Gran Cruz comprou cinco mil pipas e a Real Companhia Velha 500. Estes vinhos estavam penhorados ao BPN, � Caixa Geral de Dep�sitos e � Caixa de Cr�dito Agr�cola M�tuo. A CD tem d�vidas acumuladas ao Estado e � banca na ordem dos 100 milhões de euros. A crise na instituição, que j� dura h� cerca de duas d�cadas, agravou-se na sequ�ncia da aquisi��o de excedentes para evitar a queda dos pre�os em anos de produ��o excepcional no final da d�cada de 80, com a perda de compet�ncias atribu�das pelo Estado e com a perda da declara��o de nulidade do neg�cio de compra de parte da Real Companhia Velha, por 50 milhões de euros, em 1990.
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