O Bloco de Esquerda (BE) denunciou hoje uma situação de poluição numa zona florestal na freguesia de Laúndos, na Póvoa de Varzim, distrito do Porto, e instou o Governo a “apurar responsabilidades e atuar nos termos da lei”.
Segundo o partido, vários tipos de resíduos, como entulho de obras, colchões, roupas, louças de casa de banho, placas e restos de madeiras e algumas telhas com amianto, foram depositados ilegalmente numa zona de mato, numa situação recorrente, e que tem “aumentado de dia para dia, ocupando cada vez mais espaços no terreno desocupado”.
“O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda considera urgente identificar a exata proveniência dos resíduos depositados nesta zona próxima do aeródromo da Póvoa de Varzim e apurar responsabilidades e atuar nos termos da lei. Acresce ainda a necessidade de se proceder à despoluição do local de forma a possibilitar a plena fruição deste espaço na freguesia de Laúndos”, refere o BE.
Os bloquistas questionaram se o Ministério do Ambiente e da Ação Climática tem conhecimento do problema, se já efetuou ações inspetivas, e como pretende, juntamente com a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, resolver o problema.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Laúndos confirmou a situação denunciada pelo BE, junto à rua dos Crescêncios, garantindo que a mesma “já foi resolvida”, mas lamentou que este tipo de poluição “aconteça frequentemente”.
“Assim que tivemos conhecimento, mandei limpar essa zona e já ficou resolvido. Infelizmente esse depósito de resíduos em zonas de mato acontece com frequência, e o que temos apurado é que é feito por pessoas que vêm de concelhos vizinhos”, explicou Félix Marques.
O autarca reconheceu que “é muito difícil” para a Junta de Freguesia fazer uma fiscalização constante dessas zonas, mas garantiu que tenta identificar os culpados por estes atos de poluição.
“Não temos meios para estar sempre a vigiar, e o que fazemos é fazer inspeções pelos locais, e sempre que apanhamos depósito ilegal de resíduos tentamos encontrar algum documento ou pista de quem o fez, para agir em conformidade”, revelou Félix Marques.
O presidente da Junta explicou que a maior parte desses depósitos ilegais trata-se de “entulhos de obra, mas também há situações de resíduos domésticos”, apelando “à consciência das pessoas para pararem com esses atos ilegais”.