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– 29-12-2004 |
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Batatas Fritas : Produtores desafiam DECO a revelar laboratérioLisboa, 28 Dez "A DECO não informou qual foi o laboratério que fez as análises, mas deveria estar obrigada a faz�-lo", declarou hoje � Lusa Lu�s Faria, da sociedade representante da empresa produtora das batatas "Av� Matilde" e "Beach Crisps". "A Sociedade Agro-Industrial contactou 14 laboratérios do país, incluindo o Instituto Ricardo Jorge e a Faculdade de Farm�cia, e nenhum procedeu a estas análises", garantiu Lu�s Faria. Num alerta contido na sua revista de Janeiro divulgada segunda-feira, a associa��o de consumidores DECO – que j� considerou "disparatada" a ideia de revelar o nome do laboratério a que recorreu para as análises – revelou ter sido detectado em algumas marcas de batatas fritas um elevado teor de acrilamida, subst�ncia potencialmente cancer�gena. Segundo a DECO, que recomendou modera��o no consumo das batatas fritas, foram detectados n�veis elevados desta subst�ncia nas marcas "Av� Matilde Rodelas", "Continente Lisas", "Feira Nova Receita Original", "Sol do Cora��o Cl�ssicas", "Pringles Original", "Pala-P�la" e "Beach Crisps". Reagindo ao artigo da revista da DECO, os produtores de batatas fritas acusaram a associa��o de consumidores de "irresponsabilidade" e "alarmismo". Em declarações hoje � Agência Lusa, Lu�s Faria foi mais longe, acusando a associa��o de consumidores de "falta de idoneidade". Para a Sociedade Agro-Alimentar de Silvares, h� uma "irresponsabilidade e leviandade total" nos resultados apresentados pela DECO, que "não menciona algumas marcas, entre as quais aquela que � l�der do mercado". "A DECO não � uma entidade cred�vel. H� que come�ar a pensar numa nova entidade que seja cred�vel e que não pratique a irresponsabilidade. não pode fazer +rankings+ das marcas, colocando um problema de concorr�ncia grav�ssimo", sustentou. Lu�s Faria sublinhou ainda que os efeitos da acrilamida ainda são desconhecidos, estando a decorrer investiga��es internacionais sobre a matéria. Contactado pela Lusa, Lu�s Silveira Rodrigues, da DECO, rejeitou as acusa��es de alarmismo e de falta de credibilidade. Lu�s Silveira Rodrigues explicou ainda que a DECO não considera esta questáo como um "grave problema de Saúde pública". A DECO apenas "alerta os consumidores para os procedimentos a ter quando compram batatas fritas, os fabricantes para os procedimentos a ter na confec��o e o Governo quanto � necessidade de legislar sobre os valores máximos desta subst�ncia", disse. "Dizer que � alarmista � uma falsa questáo. não se diz que não se deve comer, mas que o consumo deve ser moderado, porque as batatas fritas podem trazer problemas ao ser humano se consumidas com frequ�ncia, tendo ou não acrilamida", afirmou. Quanto � inexist�ncia de um consenso sobre os efeitos e os limites máximos desta subst�ncia, Lu�s Silveira Rodrigues afirmou que "o facto de não haver normas internacionais ou nacionais não significa que não se possa lutar por elas". "O princ�pio da precau��o na Saúde e alimenta��o obrigam-nos a aconselhar a modera��o do consumo e que os fabricantes tomem determinados procedimentos", referiu. Sobre a acusa��o de ter sido esquecida a marca que � l�der de mercado, Lu�s Silveira Rodrigues explicou que a DECO faz os seus pr�prios estudos de mercado e analisa as marcas que são mais consumidas, mas admitiu que "a amostra tem sempre as suas limita��es". Quanto � identifica��o do laboratério, o respons�vel considerou ser "um disparate". "� �bvio que faz parte da confidencialidade da DECO para com o laboratério e do nosso pr�prio trabalho", referiu. Lu�s Silveira Rodrigues adiantou que "a DECO escolhe, sempre que poss�vel, laboratérios credenciados e certificados para fazer aquele tipo de testes". O respons�vel da DECO lamentou ainda as cr�ticas dos fabricantes: "a primeira reac��o � sempre desvalorizar o nosso trabalho, mas os mais s�rios costumam procurar-nos e v�em onde estáo os problemas que detect�mos", referiu, afirmando a abertura da associa��o para dialogar com os produtores. Isabel Sarmento, da Federa��o das Ind�strias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) sublinhou hoje, em declarações � Lusa, que os efeitos da acrilamida ainda estáo a ser estudada a nível. internacional, não existindo ainda dados conclusivos. "Vai haver em Fevereiro uma reuni�o sobre este assunto entre a Organiza��o Mundial de Saúde e a FAO, organismo das Na��es Unidas para a alimenta��o. não h� ainda sequer m�todos de análises certificados e desconhece-se qual � o limiar a partir do qual � nocivo para a Saúde", sublinhou a respons�vel. Segundo a FIPA, os produtores Também "querem saber" o que � a acrilamida, como se forma, a partir de quanto � nociva para a Saúde e como reduzir os seus n�veis, tanto na ind�stria como em casa. Classificando como "um bocadinho alarmista" o alerta da DECO, Isabel Sarmento recorda que as organizações internacionais recomendam uma alimenta��o variada. "Temos de conhecer melhor. não se deve lan�ar falsos alarmes. � muito mais simples dizer para não se comer determinado produto. Neste momento o que � preciso � investigar mais", frisou. A Associa��o Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares (ANCIPA) Também j� sustentou que os limites máximos de acrilamida permitidos "ainda não se encontram legislados, e ainda incipientemente recomendados".
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