As vendas de bacalhau salgado seco na grande distribuição tiveram uma quebra de 20% em 2023, mas este peixe vai continuar a ser opção para os portugueses na ceia de Natal, mesmo que em menor quantidade, perspetivam os industriais.
“As quebras, durante o ano, rondaram no bacalhau salgado seco, na grande distribuição, os 20%. Esperamos, contudo, que no final do ano, esta quebra se atenue. No entanto, acreditamos em quebras de vendas anuais em Portugal, em quantidade, acima dos 10%”, antecipou Associação dos Industriais do bacalhau (AIB), em resposta à Lusa.
As vendas na época do Natal não vão fugir a esta tendência, esperando-se assim que sejam inferiores às verificadas no ano anterior, face ao aumento do preço e à diminuição do poder de compra.
Contudo, os portugueses não vão abdicar do “fiel amigo” à mesa da ceia do Natal, “mesmo que em menor quantidade”.
Segundo os dados da AIB, das cerca de 55.000 toneladas de bacalhau consumidas em Portugal durante o ano, metade concentra-se nos últimos quatro meses.
Em 2024, o preço do bacalhau não deverá baixar devido à menor quantidade disponível e aos custos de produção, provavelmente superiores aos verificados em 2023.
Constituída em 1993, a AIB é hoje uma associação empresarial e patronal, que promove e desenvolve a atividade industrial de bacalhau e defende os interesses empresariais do setor.
Os seus associados representam mais de 80% da produção industrial de bacalhau em Portugal, o que corresponde a um volume de negócios anual de, aproximadamente, 400 milhões de euros.