|
|
|
|
|
– 10-11-2009 |
[ �cran anterior ] [ Outras notícias ] [ Arquivo ] [ Imprensa ] |
Azeite: M�quinas substituem Homem na colheita da azeitonaNos �ltimos anos, as m�quinas t�m substitu�do o homem na apanha da azeitona, com as tradicionais varas e lonas a darem lugar �s m�quinas vibradoras multi-direccionais que, em um dia, fazem o mesmo trabalho de 20 pessoas. Este � um processo que atravessa Portugal, com especial �nfase nas principais regi�es oliv�colas como são Tr�s-os-Montes, Beira Interior ou Alentejo. Ant�nio Branco, presidente da Associa��o de Olivicultores de Tr�s-os-Montes e Alto Douro (AOTAD) divide o olival da regi�o em 50 por cento j� mecanizado, enquanto que a outra metade ainda � produzido nos moldes tradicionais. A falta de m�o-de-obra e os custos a ela associada foi uma das raz�es que incentivaram a mecaniza��o neste territ�rio onde � produzido azeite de Denomina��o de Origem Protegida mundialmente premiado. Ant�nio Branco diz que os m�todos tradicionais de tratamento foram ultrapassados e que, os novos olivais, j� obedecem a uma m�trica sete por sete e uma poda diferente que permite "aumentar a mecaniza��o" do sector oliv�cola transmontano. No Alentejo, a mecaniza��o tem ganho "terreno" na colheita da azeitona, mas muitos não dispensam ainda o "saber fazer" de trabalhadores como Francisco Manuel, 44 anos, que "vareja" oliveiras desde os "16 ou 17 anos". "H� menos emprego, porque as m�quinas v�em tirar um bocado de trabalho. Mas ainda vai havendo alguma coisa", afirmou, admitindo que o of�cio, "muito duro", � o ganha-p�o da fam�lia. Henrique Herculano, do Centro de Estudos e Promo��o do Azeite do Alentejo (CEPAAL), real�ou que a mecaniza��o j� tem uma "expressão consider�vel", sobretudo nos novos olivais intensivos e super intensivos. Mas, disse, nos "cerca de 165 mil hectares de olival" que se estima existirem na regi�o, "h� muita colheita mista, com m�quinas e trabalhadores". Totalmente mecanizada � a colheita do empres�rio agr�cola Jo�o Cortez de Lob�o, com cerca de meio milh�o de oliveiras plantadas em 300 hectares da herdade que possui no concelho de Serpa (Beja). Tr�s m�quinas cavalgadoras, que podem recolher diariamente "mais de cem toneladas de azeitona", fazem o trabalho que, "noutros tempos", empregaria "200 ou 300 pessoas". Mas h� ainda quem fa�a da colheita de azeitona um ritual, como � o caso de Manuel Pires, carteiro em Lisboa. Todos os anos olha para o calend�rio quando Novembro se aproxima e marca uma semana de f�rias. Viaja até Malpica do Tejo, Castelo Branco, onde ajuda os sogros a apanhar a azeitona. A mulher fica na capital com os filhos e nem precisa de puxar as orelhas ao marido para ele aceitar o trabalho agr�cola. "Eu gosto disto, venho para aqui por gosto todos os anos", disse � Agência Lusa. Uma hist�ria de regresso �s origens igual a tantas outras que por esta altura do ano d�o vida nova � aldeia e até provocam engarrafamentos na rua para o lagar – pelo menos enquanto houver azeitona para colher. Manuel Pires � um dos familiares de Maria Sena, cuja propriedade engloba 200 oliveiras. Cinco membros da fam�lia juntam-se logo de manh� e estendem os panais, coberturas que rodeiam as oliveiras, onde caiem as azeitonas. "H� quem use m�quinas, n�s ainda fazemos tudo manualmente", conta Maria Sena. Com os escadotes, cada qual vai atirando ao ch�o as azeitonas, sendo que "cada oliveira ocupa meia-hora a 45 minutos". "Esta ainda � uma fonte de rendimento importante", diz Maria Sena. "além do mais, apanhamos o nosso azeite, sabemos o que comemos. Isto s� se complica quando chove", confessou. Fonte: Lusa
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolu��o 800 x 600 e 16 bits |